sexta-feira, 6 de julho de 2012

Jorge Amado e Modigliani

Continuam no mês de julho as exposições em homenagem ao escritor Jorge Amado e ao pintor Amedeo Modigliani. Este período de férias, para alguns, é uma ótima oportunidade para pôr em dia as atividades culturais em passeios contemplativos pela cidade – de preferência a pé ou de metrô.
MODIGLIANI – IMAGENS DE UMA VIDA
Grand Nu Allonguè / Divulgação
Obras de Amedeo Modigliani e de contemporâneos estão na exposição Modigliani – Imagens de uma Vida. Autodidata e dono de um estilo inconfundível, Modigliani teve uma vida intensa, marcada por grandes amores e infortúnios. Morto precocemente em 1920, aos 35 anos, conviveu com os principais nomes da cena artística parisiense de sua época. Na mostra, essa intimidade vem à tona no diário de sua mãe, em cartas trocadas com amigos, como Pablo Picasso, André Derain, Max Jacob e Léonard Foujita e nas fotos de seu ateliê, de suas modelos e dos lugares onde viveu.
Outro destaque são as 22 obras produzidas pela mulher e amigos de Modigliani, que contribuem para contextualizar o profícuo período vivido pelo artista. São três óleos de sua esposa Jeanne Hébuterne, uma gravura de Picasso, outra de Foujita, pinturas feitas a quatro mãos com Moïse Kisling, além de peças de Marevna, Jacob e outros.
As obras e peças expostas vêm do acervo do Modigliani Institut Archives Légalés Paris-Roma e de colecionadores particulares, além de telas do acervo do MASP. Após São Paulo, a exposição segue para o Museu Oscar Niemeyer (MON) em Curitiba.
Quando: terça a domingo (e feriados), das 11 às 18 horas. Quintas, até 20 horas. A bilheteria fecha meia hora antes. Até 15 de julho
Onde: MASP – Avenida Paulista, 1578 – Metrô Trianon-Masp. Acesso a deficientes.
Quanto: R$ 15 – meia-entrada com comprovante: R$ 7.
ENTRADA GRATUITA às terças e para crianças de até 10 anos e adultos acima de 60
Informações ao público: www.masp.art.br – Twitter: http://twitter.com/maspmuseu -Facebook: www.facebook/maspmuseu
Tel.: (11) 3251-5644, ramal 2112.
JORGE AMADO E UNIVERSAL
Continua até o dia 22 no Museu da Língua Portuguesa a exposição Jorge Amado e Universal, que faz parte das comemorações oficiais do centenário de nascimento do escritor. Com acervo pertencente à Fundação Casa de Jorge Amado e à família do célebre escritor, a mostra segue depois para o Museu de Arte Moderna da Bahia em Salvador.
“Essa exposição é um desafio prazeroso de cumprir, tendo em vista a importância e alcance do homenageado e de sua obra. Buscamos elementos para que o público mergulhe em um vasto repertório de conteúdos sobre o homem, o escritor e a obra”, relata William Nacked, diretor-geral da iniciativa.
A mostra está dividida em módulos distintos, cada um deles dedicado a um aspecto marcante na vida do autor.
O primeiro módulo é dedicado a alguns de seus personagens, que se destacam em materiais audiovisuais e numa grande instalação. Eles foram escolhidos por representar a diversidade e abrangência da obra em diversos períodos: Gabriela e Nacib (Gabriela Cravo e Canela, 1958), Dona Flor (Dona Flor e seus Dois Maridos, 1966), Os capitães da areia (Capitães da Areia, 1937), Pedro Arcanjo (Tenda dos Milagres, 1969), Antonio Balduíno (Jubiabá, 1935), Guma e Lívia (Mar Morto, 1936), O Menino Grapiúna (O Menino Grapiúna, 1981), Santa Bárbara (O Sumiço da Santa, 1988) e Quincas (A Morte e a Morte de Quincas Berro d’Água, 1961).
O segundo módulo apresenta a vida política do autor, que chegou a ser eleito deputado federal por São Paulo e era um destacado comunista de sua época.
O terceiro módulo é dedicado às misturas que, segundo Jorge Amado, caracterizam o Brasil – sobretudo a miscigenação e o sincretismo religioso.
O quarto módulo é dedicado à malandragem e à sensualidade presentes na obra do autor.
O quinto módulo apresenta um pouco da Bahia tal como foi “(re)inventada” por Jorge Amado, com suas belezas e mazelas. O mar e o cacau, elementos importantes para o universo do autor, estão presentes de maneira inusitada.
Casa dos Milagres é o nome do sexto módulo, que traz objetos pessoais do autor, correspondências, fotografias e até suas famosas camisas floridas.
A exposição traz ainda espaço para depoimentos de amigos, artistas e críticos, além de depoimentos de anônimos, construindo, assim, uma cronologia sintética da vida do escritor e destacando sua presença internacional, entre outros aspectos.
Onde: Museu da Língua Portuguesa – Praça da Luz, s/nº - Centro – São Paulo – SP – Telefone: (11) 3326-0775
Quando: de terça a domingo, das 10 às 18 horas – Até 22 de julho.
Quanto: R$ 6

Um comentário:

Nanete Neves disse...

Belas sugestões, Laila. E acrescento mais uma, bem pertinho do Masp: a
"Ocupação Nelson Rodrigues", no Itau Cultural, bem bacana de ser vista.
beijão