sexta-feira, 29 de abril de 2011

Inezita conta histórias no parque. Nana canta no cinema

Este ano muita gente nem se lembra que 1º de maio é feriado, já que cai num domingo. Minha dica para esse dia é curtir as histórias que a cantora, compositora e folclorista Inezita Barroso tem pra contar.

A contação de histórias faz parte de uma programação ampla do Espaço de Leitura PraLer, no Parque da Água Branca, em homenagem aos 86 anos da apresentadora do programa Viola minha Viola. O evento se compõe de oficinas e apresentações, e tem o apoio da Cortez Editora, que recentemente lançou o livro A Menina Inezita Barroso, de autoria do jornalista Assis Ângelo. Com base nessas histórias, Inezita baterá um papo com o público e também cantará modas de viola.

Serviço:

Contações de Histórias com Inezita Barroso

Quando: dia 1º de maio (domingo), às 11 horas
Onde: Espaço Leitura – Parque da Água Branca – Avenida Francisco Matarazzo. Entrada também pela Rua Ministro Godói, 180 – Perdizes
Quanto: Entrada franca

Feriado tem orquestra alemã de graça

Se você é daqueles que preferem a música sinfônica à moda de viola, aproveite a oportunidade de assistir – de graça – à orquestra alemã Bamberger Symphoniker. Composta principalmente por jovens e dirigida por Jonathan Nott, executará principalmente trilha sonoras de filmes, como Guerra nas Estrelas.

Quando: dia 1º de maio (domingo), às 11 horas
Onde: Parque do Ibirapuera – Avenida Pedro Álvares Cabral, portão 2

Nana Caymmi em Rio Sonata

Lançado recentemente, o filme Nana Caymmi em Rio Sonata é certamente um daqueles documentários de que devo gostar. Dirigido pelo cineasta franco-suíço Georges Gachot (autor também de Maria Bethania – Música é perfume e de Conversa Noturna, sobre a pianista Martha Argerich), está em cartaz em São Paulo apenas no cine Reserva Cultural.

Li num crítica que Gachot mostra a artista como um fã, com reverência mesmo. Daí, pergunto: quem teria curiosidade de vê-la no cinema se não for fã? E o que vai querer ver? Certamente Nana Caymmi cantando e soltando suas risadas gostosas e a língua ferina. Gachot aproveita para homenagear também a cidade do Rio, terra da segunda e terceira geração dos Caymmi.

Dupla homenagem em boa hora, e vou vê-lo assim que puder.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dica em cima da hora, imperdível: Banda Sinfônica

Na série Série Pra Ver a Banda Tocar!, do Teatro do Sesi-SP, apresenta-se logo mais, ao meio-dia, a ótima Banda Sinfônica do Estado de São Paulo.

Sob a regência de Marcos Sadao Shirakawa, o grupo apresentações alternativas inteligentes e criativas. Os concertos incluem um momento interativo com a plateia, a Canja Sinfônica, quando algum ‘músico-espectador’ sobe ao palco com o seu instrumento de sopro e executa uma canção com os 82 músicos da banda – entre instrumentos de sopro, percussão, contrabaixos e piano.

No programa, obras de compositores contemporâneos: Gustav Holst (1874-1934), Jackson Lucio (1989), Malcolm Arnold (1921-2006), David Bedford (1937) e Alexandre Daloia (1969).

Quando: hoje, ao meio-dia
Onde: Teatro do Sesi – Edifício Fiesp – Avenida Paulista, 1313
Quanto: grátis

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Comédias italianas, lágrimas para personalidades do cinema

Divórcio à italiana, de Pietro Germi, também está na mostra
Começou dia 19 e prossegue até 1º de maio, na Caixa Cultural Sé, em São Paulo, a mostra Commedia All’Italiana, com filmes dos mais importantes cineastas italianos sob o ponto de vista da comédia.

Veja alguns dos destaques:

De Mario Moniccelli – falecido em novembro de 2010 –, serão exibidos sete filmes, entre eles O incrível exército de Brancaleone, Boccaccio 70 e A grande guerra. De Dino Risi, Aquele que sabe viver; de Ettore Scola, Feios, sujos e malvados e Nós, que nos amávamos tanto; de Vittorio de Sica, Ontem, hoje e amanhã; de Lina Wertmüller, Mimi, o metalúrgico.

Depois, a mostra segue para o Rio e Brasília. Confira a programação completa, que inclui cursos, no site da Caixa Cultural.

O quê: Mostra Commedia All’Italiana
Quando: até 1º de maio, em horários variados.
Onde: Caixa Cultural Sé – Praça da Sé, 111
Quanto: entrada franca

LÁGRIMAS NO CINEMA

Falamos de comédias italianas, agora vamos às lágrimas.
LIZ TAYLOR – Há tempos estou para escrever sobre a diva dos olhos violeta, que nos deixou há quase um mês, no dia 23 de março. Liz teve uma das mais longas carreiras do cinema, já que começou muito cedo, em 1942, com apenas dez anos. Trabalhou continuamente até o início dos anos 2000, quando a saúde a debilitou de vez.

Idas e vindas de casamentos, filhos e reabilitações não a impediram de manter quase 60 anos de respeitada carreira. Provou beleza e talento desde o início, com papéis de destaque em filmes consagrados. Apenas para citar alguns: A mocidade é assim mesmo (quando caiu do cavalo numa cena, o que a fez sofrer dores na coluna ao longo de toda a vida); Um lugar ao sol; Assim caminha a humanidade; e Gata em teto (ou seria telhado?) de zinco quente. Não gostou da própria interpretação (nem do filme) em Disque Butterfield 8. Seu papel de mais destaque foi em Cleópatra, quando conheceu o grande amor, Richard Burton, e cujas rusgas de casal transpuseram a tela em Quem tem medo de Virginia Wolff, sem medo de se mostrar feia e bêbada.

Abraçou grandes causas, sendo uma das primeiras ativistas pela queda do preconceito à aids e a favor da descoberta da cura, e foi grande protetora dos animais – às vezes parecia ter mais afinidade com seus cães do que com os filhos.
Lumet, aos 83 anos, em cena de seu último filme, Antes que o diabo... (2007)
SIDNEY LUMET Pouco depois da inglesa, porém sem o mesmo destaque para a notícia, morreu no dia 9 de abril uma igualmente importante e prolífica personalidade, o cineasta norte-americano Sidney Lumet. Mais velho do que ela (nasceu em 1924), Lumet iniciou a carreira em 1951 e a encerrou em 2007, com o triste (e imperdível) Antes que o diabo saiba que você está morto. Vindo de família teatral, também ele começou no teatro, e seu primeiro filme já foi um sucesso e é um dos grandes cults: 12 Homens e uma sentença.

Sempre levantando temas como corrupção, injustiça, violência, ambição e traição, destacou-se também com Serpico, Um dia de cão, Rede de intrigas, A manhã seguinte, Assassinato no Expresso Oriente e Sombras da lei, só para citar alguns de seus mais de 70 filmes. Fez também o teatral (e chatinho) Equus, com Richard Burton; e até a fantasia O mágico inesquecível (que nunca vi), com Diana Ross e Michael Jackson. Com certeza serviu e ainda serve de inspiração para cineastas de muitas gerações.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Cinema na Virada Cultural

...e outras atrações diferentes. Confira.
Chegou, enfim, a Virada Cultural 2011. E este ano há várias opções não só para apreciadores de música de todos os estilos, dança, teatro e até mágica e stand-up.

O cinema tem grande destaque e estará em vários espaços, a partir deste sábado (16), às 18 horas, durante 24 horas. Portanto, prepare-se com uma sonequinha, faça sua programação e vá à luta – lembrando-se de usar sapatos bem confortáveis:

Cine Windsor (Av. Ipiranga) – Mostra Zé do Caixão: Serão 24 horas de Sessão Mojica, com toda a produção dele de 1958 a 2008, incluindo curtas. A sala tem capacidade para 800 pessoas.

Cine Olido (Av. S. João) – Cinema Canibal – Vai de A Noite dos Mortos-Vivos (1968), a Zombi Holocausto (1980). Pra quem gosta de sangue...

Cine Dom José (R. D. José de Barros) – Cinema Catástrofe – A tensão toma conta, com atrações como Cloverfield Monstro (2008) e O Dia em que a Terra Parou (1951)

Palácio do Cinema (Av. Rio Branco) – Sala 1: Cinema para Cantar e Dançar, com Um Dia em Nova York (1949) e Hair (1979), entre outros. Sala 2: Divas na Telona, que inclui o novíssimo e criticado Burlesque (2010) e Moonwalker (1988), com Michael Jackson.

Cinesesc (Rua Augusta) – Duas versões de O Mágico de Oz: com Pink Floyd e a original.

Outras dicas:

O passeio noturno pelo Parque da Luz  acontece desde a primeira Virada. É o maior sucesso, e não à toa: vale a pena. Porém, como a saída é única, chegue cedo, porque tem filas! Saída às 22 horas de sábado da Pinacoteca (praça da Luz).

Ônibus da Dança (esquina Ipiranga x Rio Branco): inscrições a partir das 18 horas de sábado, com baile começando às 22 horas. O desafio é reunir o maior número possível de casais.

Quem estiver no metrô pode ser surpreendido com intervenções do grupo Stultifera Navis.

Serviço:

Virada Cultural 2011 – Consulte a programação completa no site do evento.
Quando: das 18h de sábado (16) às 18h de domingo (17).
Onde: vários locais, incluindo espaços particulares
Quanto: entrada franca, exceto para atrações particulares, porém sempre a preços populares.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

André Mehmari abre Quinta Instrumental no Sesc Ipiranga

O Sesc Ipiranga abre hoje o projeto Quinta Instrumental, que se realiza até o final do mês. Na programação, só atrações de altíssima qualidade. A primeira é o pianista André Mehmari, com seu trio. Acompanhe a programação completa: 

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Humor e Música numa segunda chuvosa

O projeto Rodas de Humor e Música, com LAERT SARRUMOR e o DUO ACÚSTICA (Sérgio Gama e Cacá Lima) encerra em abril seus oito meses de sucesso e alegria.
O convidado especial de hoje é Serginho Leite, um dos maiores imitadores e humoristas do Brasil.

Com certeza, é uma ótima opção para animar esta segundona chuvosa.

Serviço:

O que: Roda de humor e música, com Serginho Leite
Quando: hoje, a partir das 20 horas
Onde: Melograno – Rua Aspicuelta, 436 – Vila Madalena
Quanto: Entrada franca

Próximas atrações:

11/4 - Rafa e Vicente Barreto
18/4 - Zé Geraldo
25/4 - Dobradinha Rock 'N' Roll com as bandas Pedra e Cracker Blues

sábado, 2 de abril de 2011

66 anos de Elis em sua própria praça

Os 66 anos que a cantora Elis Regina celebraria em 17 de março serão comemorados em alto estilo na praça que leva seu nome, localizada no bairro do Butantã, zona oeste de São Paulo. Em meio a muitas árvores, artistas plásticos, músicos, capoeiristas, contadores de histórias, artesãos e a biógrafa da cantora prestarão sua homenagem à “Pimentinha”, uma das maiores vozes femininas da música brasileira.

A festa, programada para amanhã, dia 3 de abril, a partir das 10 horas, na Praça Elis Regina, deverá reunir centenas de pessoas. Além de muita música, relembrando diversas fases da carreira da cantora, músicos e intérpretes de diferentes estilos apresentarão releituras de grandes sucessos de Elis, além de músicas próprias.

A lista de convidados inclui o Grupo Fapafrente, Édria Barbieri, Dinho Nascimento, Grupo Seis dá Samba, Irene Rodrigues, Léo Dumont, Adler São Luís, entre outros. O artista plástico Jorge dos Anjos vai pintar uma tela com imagem da Elis durante o evento.

O evento contará com oficinas de desenho em fotografia para todas as idades, roda de capoeira, Feira de Trocas de Objetos Usados, oficina de circo, artesanato e a atividade de mediação de leitura voltada ao público infantil logo na abertura da festa. A biógrafa Regina Echeverria, autora do livro Furacão Elis, estará presente relatando fatos da vida da cantora.

A segunda edição do Aniversário de Elis Regina na Praça é uma promoção do Movimento Butantã Pode, dos moradores do Butantã em parceria com o projeto O Autor na Praça, da Rede Emancipa de Cursinhos Populares e da Associação de Educadores da USP (AEUSP). Além de celebrar o aniversário de Elis, o evento também é uma manifestação dos moradores do bairro em defesa da preservação e uso dos espaços públicos do bairro e ainda da cidade como espaço de convivência social.

Preservação – A Praça Elis Regina vem sendo ameaçada de desaparecer por conta da Operação Urbana Vila Sonia-Butantã, projeto da Prefeitura Municipal, que prevê a construção de uma via e um túnel interligando as avenidas Corifeu de Azevedo Marques e Eliseu de Almeida no local onde está situada a praça, um dos poucos equipamentos de lazer e convivência dos moradores. Por isso, o evento representa também um movimento em defesa do espaço.

Serviço:

O quê: 66º aniversário de Elis Regina e Movimento pela preservação e uso da Praça Elis Regina
Quando: domingo, 3 de abril, a partir das 10 horas
Onde: Praça Elis Regina – Avenida Corifeu de Azevedo Marques, altura do n° 1.500 – Butantã
Realização: Movimento Butantã Pode!, O Autor na Praça, AEUSP e Rede Emancipa de Cursinhos Populares.