domingo, 31 de janeiro de 2010

Enfim, vi Tavito e Heitor Branquinho!

Até que enfim, fui ver dois mineiros que há muito estava para assistir ao vivo: Tavito e Heitor Branquinho, que coincidentemente estão morando em São Paulo há quatro anos.


Sexta-feira (29), foi dia de ver Tavito, no Café Paon, em Moema, onde lançou o CD Tavito Tudo. Acompanhado de ótima banda e com participações especialíssimas da filha Julia Carvalho, de Renato Teixeira e os filhos Chico e João, e da cantora Adriana Drê, Tavito interpretou seus grandes sucessos e novas canções. Renato cantou seus sucessos, também, e, ao final, fez participação divertidíssima em Rua Ramalhete:




HEITOR BRANQUINHO, NO BAR BRAHMA


Sábado a chuva deu uma trégua para o público assistir ao jovem Heitor Branquinho, que já tem percorrido o “Circuito Brahma”, desta vez no Shopping Boulevard Tatuapé. Ele canta tudo o que o público de bar costuma pedir, mais sucessos do Clube da Esquina e canções próprias. Talentosíssimo! Estávamos numa turma animada para prestigiá-lo e aplaudi-lo!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Novos filmes e shows para o fim de semana

Raramente vejo filmes logo que estreiam. Primeiro, pra evitar burburinho. Segundo, porque sempre tem filmes “mais antigos” na fila. Ontem, porém, entre uma chuva e outra e por causa dos horários desencontrados, consegui ver dois filmes em dois cinemas diferentes na região da Augusta. Portanto, Invictus, o novo de Clint Eastwood sobre Nelson Mandela, vai para a fila entre os que acabam de estrear.


O sempre charmoso George Clooney está em Amor sem Escalas. Ele é Ryan, um consultor contratado por empresas americanas para demitir funcionários. Viaja por todo o país para fazê-lo pessoalmente e com a maior frieza, até que Natalie – jovem psicóloga interpretada pela ótima Anna Kendrick (na foto, Ryan faz Natalie reduzir a bagagem pela metade, para segui-lo e conhecer seu trabalho), dá ao patrão dele a ideia de economizar em viagens com seus consultores, fazendo o “trabalho sujo” de maneira ainda mais fria, usando videoconferência. Clooney havia feito papel semelhante, limpando a barra das empresas, em Conduta de Risco. Jason Reitman fez um misto de comédia, com toques de drama. Ele havia dirigido o sensível Juno e o hilário Obrigado por Fumar, e aqui soube exibir o talento de seus atores, incluindo Vera Farmiga, que faz Alex, misteriosa viajante que, como Ryan, não quer envolvimento. Para a produção, Reitman selecionou pessoas que haviam sido demitidas há pouco tempo, e que esboçaram em cena sua verdadeira reação ou a que desejavam ter no ato da demissão. Ele também explora o porquê de certas pessoas preferirem o desapego físico e emocional, e o clichê corporativo da reintegração de um demitido. Bom entretenimento, que faz pensar...


Vi mais um francês, o bonito Segredo em Família, dirigido por Claude Miller, que traz no elenco o ator que tem estado em 9 entre 10 produções francesas recentes, Mathieu Amalric. Ele interpreta François, que aparece mais na versão criança/adolescente. O personagem é filho de um casal atlético – a mãe é a linda e talentosa Cecile de France, exímia nadadora; o pai, Patrick Bruel, um ágil ginasta – e sente-se excluído da família por ser um fracassado em qualquer esporte. François tem um irmão imaginário, bem-sucedido em tudo, e com uma vizinha descobre segredos do passado da família. A narrativa agradável traz ainda o diferencial de mostrar cenas antigas em cores e as recentes em P&B, ao contrário do usual. Não dá pra evitar o choro em algumas cenas...

Foto: Divulgação / Leo Aversa

Joyce Moreno no Tom Jazz

Joyce assumiu em definitivo, como artista, seu nome completo, Joyce Moreno, que lança o álbum Slow Music no Tom Jazz, em São Paulo. Considerada a brazilian diva após turnê costa a costa do Canadá, Joyce retorna ao Brasil para mostrar novas músicas de amor, como Slow Music (Joyce Moreno/Robin Meloy Goldsby), Convince Me (Joyce Moreno/Robin Meloy Goldsby), But Beautiful (J. Burke/J. Van Heusen) e Olhos Negros (Johnny Alf/Ronaldo Bastos), além de sucessos como Feminina, Monsieur Binot e Clareana.

O álbum, que mistura MPB e jazz, foi inspirado em conceitos do livro Slow Food Manifesto, do italiano Carlo Petrini. A cantora refletiu sobre as similaridades entre comida e música e percebeu como o mundo oferece junk music aos ouvidos todos os dias. Por isso, construiu um CD que pudesse ser saboreado. Grandes músicos acompanham a cantora, compositora e violonista: o baterista Tutty Moreno, o baixista Rodolfo Stroeter e o pianista André Mehmari.

Onde: Tom Jazz – Av. Angélica, 2331 - Higienópolis - São Paulo - SP - Brasil – Telefones: (11) 3255-0084 e 3255 3635
Quando: 29 e 30 (sexta e sábado, às 22 horas; 31 (domingo), às 20h30.
Quanto: R$ 50


KASTELO, pelo Teatro da Vertigem

Pendurados na fachada do edifício do SESC Avenida Paulista, os integrantes do Teatro da Vertigem – que já se apresentaram em hospitais e até no Rio Tietê – apresentam Kastelo, livre adaptação da obra inacabada “O Castelo”, de Franz Kafka. A montagem marca a estreia de Eliana Monteiro, na direção com dramaturgia do cineasta Evaldo Mocarzel. O espetáculo é apresentado na área externa do prédio, e as pessoas assistem de dentro, no espaço do 3º andar. Por isso, com chuva não há espetáculo.

AVISO DO SESC: As chuvas prejudicaram o cronograma da montagem, desde os ensaios. Por isso, as apresentações dos dias 29 a 31 de janeiro (sexta a domingo) serão consideradas ensaios abertos. Quem adquiriu ingressos antecipadamente pode optar por:

1- Assistir ao ensaio aberto e receber outro ingresso para uma nova data durante a temporada;
2- Trocar o ingresso para outro dia;
3- Receber o dinheiro do ingresso de volta.

Onde: SESC Avenida Paulista, 119 – Espaço 3º andar – telefone: 11 3179-3700 (por causa das chuvas, ligue antes para saber se haverá espetáculo)

Quando: 29/1 a 14/3 – Quinta a domingo, às 21 horas.
Quanto: R$ 5 a R$ 20


Rock Rural no CCBB São Paulo

O público paulistano vai conferir de perto os mais turbinados acordes de rock. Porém, vindos de violas, e não só de guitarras. Trata-se da série musical Rock Rural, que acontecerá no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, onde será apresentado o que há de melhor do folk brasileiro - mistura de rock com música caipira de raiz.

O evento traz importantes nomes que ajudaram a construir a história desse estilo musical no Brasil, como O Terço, Matuto Moderno, Paulo Simões, Zé Geraldo, Zé Helder Quarteto, Ivan Vilela e Sá e Guarabyra. Confira a programação no flyer acima.

Quando: Toda terça-feira, de 2 de fevereiro a 9 de março, sempre em dois horários, às 13h e às 19h30.
Onde: Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo – Rua Álvares Penteado, 112, Centro, perto das estações Sé e São Bento do Metrô – (11) 3113-3651 e 3113-3652
Quanto: R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada para estudantes, professores, correntistas do Banco do Brasil e maiores de 60 anos)

Horário da bilheteria: de terça a domingo, das 10 às 20 horas. LÁ É BEM CONCORRIDO, é bom não bobear!

Informações nos sites do Banco do Brasil e Ingresso Rápido

Fonte: Site Drop Music

CARNAVAL DAS CANÇÕES

Com Toninho Horta e Bia Góes (dia 6) e Olívia Byington e Filó Machado (dia 7). Presente em todo o período da primeira metade do século 20, a canção carnavalesca inaugurou um movimento de formação de novos gêneros musicais como o samba e as marchinhas, estilos de grande importância histórica e beleza musical. De ritmo alegre, próprio para se dançar, cantar e sambar ao mesmo tempo, e com letras que retratavam o cotidiano e os amores da época, as canções embalaram e conquistaram 100 anos de carnaval brasileiro. No palco, marchinhas, sambas e maxixes, com músicos e intérpretes de variadas vertentes, que aproximam os sambistas da época à produção musical atual, convidando o folião de 2010 a ingressar em uma divertida viagem pelo tempo por meio das canções que fizeram sucesso e de curiosas histórias sobre os compositores e suas obras.

Onde: SESC Pompeia – Rua Clélia, 93
Quando: Dia 6 (sábado), às 21h; e 7 (domingo), às 18 horas.
Quanto: R$ 5 a R$ 20

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Atrações para os 456 anos de Sampa

O ano começou quente em eventos culturais em São Paulo. Agora, então, com o aniversário da cidade (456 anos), no dia 25 (segunda-feira), está fervendo, com inúmeras opções, das quais destaco apenas algumas delas.


Foto: Rodrigo Capote/Folha Imagem

Vacas espalhadas pela cidade – Começa hoje a segunda edição paulistana da Cow Parade, que surgiu na Suíça e esteve pela primeira vez em Sampa há cinco anos. Trata-se de uma exposição ao ar livre com 90 estátuas bovinas em tamanho real, pintadas e decoradas por diferentes artistas. As vacas estão espalhadas por pontos estratégicos da cidade, até o dia 21 de março.

Elas são feitas por diversos artistas, e os temas são os mais variados: tem vaca vestida de bebê, outra em homenagem ao festival de Woodstock, e mais uma retratando a Avenida Paulista. Tem também uma que representa os engarrafamentos, com incontáveis carrinhos colados ao corpo. E até uma “vestida” de Michael Jackson, quando ele usava cabelo black power e roupa dos anos 70 (essa fica numa esquina da rua Peru, nos Jardins).

As estátuas estarão em lugares distintos, como Praça da Sé, Avenida Paulista, Shopping Cidade Jardim, Rodoviária do Tietê, Parque do Ibirapuera, Terminal Sacomã e Metrô Tatuapé. Depois de expostas, serão arrematadas num leilão beneficente em prol da entidade Gol de Letra. A localização das 90 vacas pode ser consultada no site da Cow Parade.

Fonte: Folha Online.



TEATRO, SHOWS, COMIDAS, BRECHÓ E MUITO MAIS – Tudo isso organizado pela Cia. São Jorge de Variedades para o aniversário de São Paulo, no evento Barafonda. Detalhes, no flyer acima.



Museu Afro-Brasil – Já disse mais de uma vez que o Museu Afro-Brasil é atração para o ano inteiro, e merece ser visitado com tempo, porque tem exposições detalhadas e que vale a pena ver. Para o aniversário da cidade, o museu preparou uma exposição inédita, além de lançamentos de livros e apresentações musicais. Para a data, o Museu Afro-Brasil abrirá excepcionalmente na segunda-feira (25), das 13 às 18 horas. Veja os eventos:

Livros – Serão lançadas simultaneamente cinco publicações, todas da Imprensa Oficial: Breve História do Estado de São Paulo, de Marco Antonio Villa; Miguel Costa – Um Herói Brasileiro, de Yuri Abyaza Costa; Palco Paulistano, Fotografias de Vânia Toledo; O Diário de uma Revolução: 1924, de Duarte Pacheco Pereira; e Rubens Ianelli, editado em parceria com o Museu Afro-Brasil.

Exposição inédita “São Paulo, Terra, Alma e Memória” – Apresenta três grandes panoramas fotográficos inéditos, fotos e postais de Guilherme Gaensly, publicações e homenagem a personalidades que marcaram época no início do século 20. A mostra terá painéis que homenageiam a cantora Carmen Miranda, o abolicionista Luís Gama, o líder da Revolta da Chibata João Candido, o cartunista Ângelo Agostini e o compositor Adoniran Barbosa.

Onde: Museu Afro-Brasil – Organização Social de Cultura – Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n – Parque Ibirapuera – Portão 10
Quando: de terça a domingo, das 10 às 17 horas (permanência até às 18 horas)
Estacionamento: Portão 3 do Parque Ibirapuera (Zona Azul)
Quanto: GRÁTIS


Divulgação

A dupla Sá & Guarabyra apresenta-se na Caixa Cultural Sé neste sábado (23), homenageando o saudoso companheiro de banda Zé Rodrix, que morreu em maio de 2009. Eles aproveitam o fim de tarde para lançar o CD Amanhã, última produção ainda como trio. São 12 músicas inéditas, como Cidades Meninas, Novo Rio, Dia do Rio, Sonho Triste em Copacabana, entre outras.

O trio Sá, Rodrix e Guarabyra, formado no ano de 1971, produziu dois discos históricos: Passado Presente Futuro e Terra. Zé Rodrix saiu do trio em 1974, e voltou à formação em 2001. Só agora o trio conseguiu concluir o terceiro disco.

Onde: Caixa Cultural Sé – Praça da Sé
Quando: Sábado, 23 de janeiro, às 18 horas
ENTRADA FRANCA – distribuição de ingressos duas horas antes

Clube da Esquina, no parque – Milton Nascimento, Flávio Venturini e Lô Borges se apresentam segunda (25), em um grande show gratuito, que será o principal evento musical de comemoração aos 456 anos de fundação da cidade. Assim como em anos anteriores, o palco será montado no Parque da Independência, no bairro do Ipiranga. Haverá dois telões, forte esquema de segurança e de atendimento médico.

A festa começa às 15h, com a apresentação da cantora Érika Machado, também mineira. Às 17h, o cantor e compositor Flávio Venturini mostra sucessos do DVD “Não se Apague Esta Noite”, e também clássicos de seus tempos de 14 Bis.

Para fechar o show, Lô Borges e Milton Nascimento sobem ao palco às 19h. Os artistas relembram as canções do lendário álbum “Clube da Esquina”, além de músicas de suas respectivas carreiras.

Onde: Parque da Independência – Avenida Nazaré, s/n
Quando: segunda (25), a partir das 15 horas
Ingressos: GRÁTIS

Fonte: Portal Terra.



ADONIRAN BARBOSA - 100 ANOS - Outra dica são os shows em homenagem aos 100 anos de Adoniran Barbosa. Essa figura-símbolo de uma São Paulo bem-humorada e poética fez de um sofá na Rádio Eldorado, durante um certo tempo, seu “escritório” e ponto para descanso. Isso, nos tempos em que a emissora ficava na Major Quedinho, point dos boêmios de então, principalmente jornalistas, músicos e poetas.

No Sesc Vila Mariana (é bom confirmar se ainda há ingressos, pelo telefone 5080-3000), os shows serão sábado (23), domingo (24) e segunda (25).

Na Casa de Francisca (3052-0547), a série de shows começou ontem e prossegue até o dia 27.

Veja mais neste blog, no post do dia 14.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Cinemeira desde criancinha


Inauguração do Comodoro, em 1959 - Foto: Folha da Manhã

Prefiro o termo cinemeira para me definir, pois cinéfilo não se encaixa no meu perfil: não sou uma estudiosa do tema e meus conhecimentos são basicamente pragmáticos. Não fico atrás da produção deste ou daquele diretor – geralmente o que me agrada são temas e atores – e muito menos sou rata de mostras: odeio filas e maratonas, de correria já chega o trabalho... Também não sou de seguir críticas, porque, para mim, cinema é algo absolutamente subjetivo...

Sou um ‘bicho’ criado com TV – não brincava na rua nem na casa dos outros. Desde pequena, via seriados como Perdidos no Espaço, A Feiticeira, Jeannie, Família Dó-Ré-Mi, Os Waltons, e desenhos como Mandachuva, Jetsons, Flintstones, Os Muzzarela e muitos mais! Tentava ficar acordada vendo as Sessões Mistério da Globo e Bandeirantes, e o seriado adulto Hawaii 5.0 (que – pena – nunca mais passou na TV). Foi assim que virei fã de Hitchcock, Vincent Price e Christopher Lee, entre outros tantos.

Gosto mesmo é de ver filmes na telona, o que faço pelo menos uma vez por semana e, sempre que possível, vejo dois de uma vez, ‘para aproveitar a viagem’ – como dizia minha mãe’ – e geralmente os descontos. Para ver em casa, não baixo nada da internet nem alugo DVDs, pois tenho pilhas de fitas (sim, ainda uso vídeo!) com filmes que gravo na TV a cabo para ver naquelas horas que não tem nada de bom... Por exemplo, este ano, até o dia 20 de janeiro, já vi 25 filmes, a maioria gravados (mais de um por dia) e, mesmo assim, a pilha só vai aumentando...

Sem contar os programas de entrevistas e seriados que vejo – só não assisto novela... Aliás, quando fiquei sabendo que a nova novela das 7 da Globo – Tempos Modernos – era do dramaturgo Bosco Brasil e retrataria o centro de São Paulo, arrisquei ver o primeiro capítulo, mas não me atraiu. Perdi mesmo o hábito de ver novelas – e isso faz MUITOS anos...


Praça Roosevelt: foto atual das proximidades do antigo Cine Bijou

Cinemas que já eram – Voltando às salas de cinema, desde que me conheço por gente – imagino que tinha 4, 5 anos de idade – eu as frequento. Muitas delas não existem mais, e me trazem recordações, embora um pouco nebulosas. Lembro, por exemplo, que ia ao centro, mas não das salas específicas, apenas de algumas: Regina, Ipiranga, o enorme Comodoro (ao qual fui até adulta) e Metrópole, que cheguei a frequentar na adolescência. Todos eles já estavam decadentes e jamais eu poderia ir sozinha ou com amigas, como faço hoje. Lembro ainda que, no centro, fui algumas vezes ao cine Arouche, que passava filmes de arte, e a um na Sete de Abril (Coral?), que teve uma curta fase de exibição de bons filmes. Sem esquecer dos filmes de arte do Cine Bijou, na Praça Roosevelt (foto), que hoje abriga muitos teatros. Foi lá que assisti Laranja Mecânica com ridículas bolinhas da censura “perseguindo” a nudez dos artistas. Vem dessa época (anos 80), aliás, o hábito de ir ao cinema sozinha.

Nas Perdizes, no “pé” do Minhocão, havia o Esmeralda, fácil de ir pra quem morava na Lapa. Nesse (meu) bairro ia muito ao cine Tropical, na Rua Roma, ver as sessões zás-trás de desenhos. Um pouco menos ao Jacymar (na N.S. da Lapa), Turiaçu (onde hoje é o Shopping Bourbon e havia o Superbom) e Havaí, na mesma rua. Havia outros cinemas na Lapa que não cheguei a conhecer, e hoje existe apenas o do Shopping da Lapa, ao qual não cheguei a ir depois de virar um complexo. Do Nacional – na Rua Clélia, ocupado depois pela grandiosa casa de shows Olympia – lembro que passava filmes mais ousados. Foi lá que vi com minha turma – toda de menores de idade, que deixavam entrar – Dona Flor e Seus Dois Maridos.

Na região da Paulista, fui à inauguração do Gemini, agora bem caidinho, e lembro de ter visto o filme do Led Zeppelin (The Song Remains the Same) no então Majestic, hoje Espaço Unibanco, na Rua Augusta, mesma rua onde havia, para o lado dos Jardins, o Vitrine, que frequentei até o final, em 2006.

Fiz faculdade na Paulista e passei a frequentar ainda mais os muitos cinemas que ali existiam. Filmes de arte e blockbusters víamos no Bristol ou Liberty – que também viraram complexo – e no Astor, hoje ocupado pela Megalivraria Cultura, no Conjunto Nacional. Numa galeria da Brigadeiro, havia o menos cotado Paulistano e mais um cujo nome não me recordo. Para o lado do centro, onde hoje é o Teatro Abril, fui algumas vezes ao Cine Paramount – conheci o teatro quando ia, pequena, com minha mãe, assistir aos programas de auditório. Até recentemente, ia ao Top Cine (que também fechou em 2006), ao lado dos cines Gazeta, Gazetinha e Gazetão, hoje Reserva Cultural.

Onde quer que eu vá – O cinema sempre fez parte de minha vida até nas viagens, a passeio ou trabalho. Morei seis meses numa pequena cidade paulista (hoje média), Itapeva. Lá havia um único cinema, que exibia filmes diferentes, apenas uma vez por semana. A sessão começava às 20 horas, e se passasse das 22 horas, poucos ficavam, pois os jovens (principalmente as jovens) deveriam ir para casa cedo... E isso em plenos anos 80!!

Numa viagem a Ubatuba, assisti ao simpático Onze Homens e um Segredo (2001); em Brasília, vi A Fuga das Galinhas (2000); em Salvador (2004), vi um dos poucos filmes ousados com Meg Ryan, Em Carne Viva; e em Porto Alegre, nos anos 80, assisti a um filme que amei: Feitiço da Lua (1987). Fui a Caldas Novas (GO) há muitos anos, quando ainda não havia cinema. Na próxima visita a uma grande amiga que mora lá, provavelmente irei...

Gosto mesmo de ir sozinha ao cinema, curtindo um momento só meu, quase de reflexão. E sou daquelas que fazem ‘shhhhh’ para os mal-educados que insistem em ficar batendo papo e falar ao celular, inclusive consultando as horas ou os torpedos e ligações, acendendo aquela luzinha irritante... Infelizmente, ninguém mais usa relógio de pulso nem bom senso, e muito menos respeito!...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Terminou o Ano da França no Brasil


Cena do delicioso filme Quando Estou Amando

Já faz uns dias que terminou 2009, mas só agora consigo falar a respeito do Ano da França no Brasil. Foi um período cheio de eventos culturais, como peças de teatro, dança, performances e, claro, muitos filmes. Afinal, o brasileiro sempre foi fã de cinema francês. Quanto a mim, tenho – ou tinha – as minhas restrições.

Houve uma época em que – juro – eu tentava assistir a filmes franceses e geralmente me sentia frustrada: passadas décadas do movimento nouvelle vague, ainda predominavam temas existencialistas e de difícil “digestão” na tela grande. Pelo menos para mim. Defino assim: franceses, há os que amo e os que odeio! Ainda outro dia ri bastante ao rever Trafic (1971), com Jacques Tati, que havia visto quando criança. Em compensação, não consegui ver inteiros os filmes da recente sessão francesa do Canal Brasil em homenagem à ocasião, a maioria de Truffaut.

De uns tempos para cá, o cinema francês passou por notáveis transformações e criou uma estética menos formal e mais autêntica. Aí passei a gostar do que via, filmes com doses certas de romance, crítica social e moral, pitadas de humor negro e algum suspense. Mas Medos Privados em Lugares Públicos, do veterano Alain Resnais, não é um deles. Todos gostam – público e crítica –, mas não integro essa unanimidade. Do diretor, gostei só de Beijo na Boca Não (2003), uma opereta com muito humor. Por isso nem vou tentar ver Ervas Daninhas, e espero passar num canal a cabo. Eric Rohmer morreu há poucos dias, aos 89 anos. Muito elogiado, também não simpatizava com seus filmes.

Está em cartaz o triste e bonito Partir (2009), de Catherine Corsini, com o carismático e sensual casal de protagonistas interpretado pela inglesa Kristin Scott Thomas e pelo catalão Sergi López.

Quando Estou Amando (2006) é leve e agradável, e tem como protagonista o veterano Gérard Depardieu, sempre charmoso, ao lado da jovem Cécile De France, que fez outro simpático filme, Um Lugar na Plateia (2006), dirigido por Danièle Thompson. O filme é dedicado à atriz Suzanne Flon, que fez a avó da personagem Marion, e faleceu aos 87 anos, pouco após o término das filmagens. Outra curiosidade é que Danièle Thompson assina o roteiro tendo como parceiro seu filho, Christopher Thompson, e segue os passos do pai, o ator e diretor Gérard Oury (1919-2006).

Duas Senhoras – em cartaz apenas no Cinesesc – é outro belo filme, despretensioso. (Talvez seja disso que me ressinta mais: em minha modesta opinião, os clássicos e cultuados filmes franceses são pretensiosos demais para o meu gosto.) Trata-se da amizade de duas senhoras de origem argelina. Porém, uma é muçulmana e a outra é judia. Elas se sobrepõem aos preconceitos dos outros e criam laços que superam as diferenças que poderiam existir, porque se respeitam, mesmo nos contrastes.

Há muitos outros filmes franceses de que tenho gostado, mas ficam pra outra ocasião...

Prêmio Caiubi e Toninho Horta

PRÊMIO CAIUBI HOMENAGEIA ZÉ RODRIX E A MÚSICA INDEPENDENTE

O Prêmio Caiubi, instituído pelo Clube Caiubi de Compositores, hoje também o maior portal aglutinador da produção musical independente brasileira, será entregue nesta segunda-feira, 18 de janeiro, a partir das 21h30, no Café Piu-Piu, em São Paulo. O grande homenageado da noite será o compositor, cantor, arranjador, escritor, jornalista, publicitário e gastrônomo Zé Rodrix, falecido em 2009, e que foi um dos maiores incentivadores do Caiubi, tendo sido seu curador. O Prêmio Caiubi será entregue também aos melhores de 2009, divididos em doze categorias. Veja mais detalhes no Blog Acordes.

Toninho Horta volta a São Paulo, desta vez no Centro Brasileiro Britânico, em show solo, quinta-feira, dia 21. Veja só:



Show Pedro Aznar e Moska - domingo, 17/1, Sesc Vila Mariana


Belíssima apresentação a do argentino Pedro Aznar e Moska.
Apenas os dois no palco, revezando instrumentos (Aznar é multi-instrumentista, toca violões, baixo, acordeon e teclado).
O repertório escolhido foi maravilhoso, com canções autorais e novas versões para clássicos como Los Hermanos, Dindi e a lindíssima Sorry Seems to be the hardest word - de Elton John. VALEU!

Conheça aqui a versão de Pedro Aznar para essa música, com ele ao piano e voz.





Neste filme, que encontrei no Youtube, eles cantam Todo Amor que houver nesta Vida, de Cazuza e Frejat - que não a cantaram neste domingo, pena...


quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Moska e Pedro Aznar, Cem anos de Adoniran, Tavito e Banda Black Rio



NESSE EU VOU DOMINGO – O cantor e compositor Moska divide o palco com o argentino Pedro Aznar, como parte do projeto de intercâmbio cultural entre Brasil e Argentina, cujas apresentações, em 2008 e 2009, em Buenos Aires, incluíram Leila Pinheiro, Paulinho Moska, Hermeto Pascoal, Chico César e Ivan Lins, dividiram o palco com nomes como Luis Salinas, Pedro Aznar, Kevin Johansen e Fito Paez, em grandes teatros da capital argentina como o Gran Rex.

Eles se apresentam juntos pela primeira vez hoje, no Rio, e no fim de semana no Sesc, em São Paulo. No repertório, canções de Aznar como Nubes Negras e Amor de Juventud; e de Moska, entre elas Pensando em Você e O Último Dia, além de Brasil Mulato, de Martinho da Vila.

Pedro Aznar, que atua nos circuitos de rock e jazz, é um dos cantores e compositores mais populares da Argentina. Em 1978, formou o grupo Serú Girán, ao lado de Charly Garcia e outros músicos. Em 1993, passou a integrar o Pat Metheny Group como vocalista e multi-instrumentista.. Seu álbum mais recente, Quebrado Vivo, saiu em 2009, e sai em DVD ainda este ano. Moska atuou nos anos 80 nos grupos Garganta Profunda e Inimigos do Rei, enveredando posteriormente por bem-sucedida carreira solo. Desde 2006, apresenta o programa Zoombido, no Canal Brasil. Em março, lançará simultaneamente os CDs Muito e Pouco.

Fonte: Blog Acordes, de Toninho Spessoto.

Onde: SESC Vila Mariana
Quando: sábado (16), às 21 horas; e domingo (17), às 18 horas.
Quanto: R$ 7,50 a R$ 30



Ô SEU BARBOSA! 100 ANOS DE ADONIRAN

O centenário de Adoniran Barbosa – que nasceu João Rubinato – será duplamente homenageado em janeiro, por diferentes artistas: na Casa de Francisca e no SESC Vila Mariana. Já tenho ingresso para domingo (24).

Casa de Francisca – de 21 a 27 de janeiro

Nascido em Valinhos-SP, mudou-se logo para a capital paulista, e tornou-se o mais paulistano dos artistas, com sua versatilidade e bom humor. Suas músicas eram verdadeiras crônicas sobre os bairros paulistanos e a vida dos moradores da cidade. Apesar de falarem de São Paulo, são reconhecidas em todo o Brasil.

Dia 21, 21h30 – MAURICIO PEREIRA – Acompanhado por Daniel Szafran ao piano, o ex-Mulheres Negras Mauricio faz uma versão radicalmente paulistana do seu show “Mergulhar na Surpresa”. O roteiro traz, Adoniran cantado com sabor pop, e outras sonoridades típicas da cidade, como Ira!, Incríveis, Mamonas, Kid Vinil, Joelho, Vanzolini.

Dia 22, 22h30 – WANDI DORATIOTTO E DANILO MORAES - O show “Vida Rouca” apresenta algumas das grandes canções do mestre do samba paulista e destaca sua habilidade como humorista, além de canções de compositores que tiveram grande influência de Adoniran.

Dia 23, 22h30 – PASSOCA canta inéditos de Adoniran – O Sr. Juvenal Fernandes, que durante anos conviveu quase diariamente com Adoniran, e com a autorização da viúva, convidou parceiros para colocar melodias em parte de letras inéditas do compositor. Entre eles Passoca, que selecionou algumas parcerias de acordo com suas características vocais e interpretativas.

Dias 24 e 25, 21h30 – PAULO VANZOLINI – Um dos grandes nomes da música brasileira, o compositor e cientista Paulo Vanzolini estará ao lado da cantora Ana Bernardo. Ele conversa com o público, revela histórias curiosas e apresenta sambas como “Seu Barbosa”, que compôs em homenagem ao amigo compositor.

Dia 26, 21h30 – ROBERTO SERESTEIRO apresenta os sambas de Adoniran, levando o público para o contexto em que as músicas foram criadas.

Dia 27, 21h30 – KIKO DINUCCI apresenta sambas de sua autoria influenciados por Adoniran Barbosa. Além de suas composições e do mestre, Kiko aponta no repertório os ecos da obra do compositor paulista no cancioneiro urbano de São Paulo.

Quanto: R$ 19 a R$ 26 (com exceção de Paulo Vanzolini, cujo preço é R$ 53)
Onde: Casa de Francisca – Rua José Maria Lisboa, 190, travessa da Brigadeiro Luís Antônio – Telefone (11) 3052-0547

Reservas pelo e-mail: reservas@casadefrancisca.art.br ou no site http://www.casadefrancisca.art.br/

SESC VILA MARIANA - VOU DOMINGO - Lançamento do CD gravado em homenagem aos cem anos do compositor paulista, com participações de Maria Alcina, Cristina Buarque, Virgínia Rosa, Verônica Ferriani, Patty Ascher, Oswaldinho da Cuíca e Márcia Castro. Uma banda com cinco músicos acompanha os espetáculos.

Onde: SESC Vila Mariana – Rua Pelotas, 144
Quando: sábado (23), às 21 horas; domingo (24), às 18 horas; e segunda (25, feriado da cidade), também às 18 horas.
Quanto: R$ 7,50 a R$ 30.



TAVITO APRESENTA-SE NO RIO E EM SÃO PAULO

O compositor e arranjador mineiro Tavito lança, no Rio e em São Paulo, o CD “TAVITO TUDO”. Ex-parceiro de Zé Rodrix, com quem integrou a banda de rock progressivo Som Imaginário, participou do Clube da Esquina e é bastante reconhecido em sua carreira solo.

Bem-humorado, é ele quem conta, sobre os shows: “Vou apresentar muitas novidades, como é de praxe, mas teremos também velharias deliciosas e participações pra lá de especiais. Minha boa banda, a Ananeu & os Precários, está afiada como nunca. Nando Lee, o multidedos, tirará as costumeiras faíscas de sua Fender e promete executá-la com as mãos e os pés – sem tirar os sapatos. O Percuteiro Maluco, Fábio Schmidt, levará toda a sua tralha percussiva, os badalos, ting-lings, tamborolas, courames, metabongs, recos e raspejos. Paulinho Farias, o PC, the bass-man, nos presenteará com suas escalas que fazem escola. E o mais novo integrante, o tecladista presidenciável Abraham Lincoln, um amálgama fisionômico de Fernando Henrique com Barack Obama, tocará seu instrumento com maestria, além de dar uma canja supimpa no trompete; e, é claro, nos dar ordens durante todo o espetáculo, que obedeceremos prontamente. No show carioca, terei a maravilhosa Marianna Leporace como convidada especialíssima. Em Sampa, meu irmão, Renato, o Teixeira dos poetas, parceiro de vida, música e disparates juvenis, vai dar o ar de sua graça. Cantaremos juntos nossos hits - vai ser um encontro inesquecível.

No Rio de Janeiro: segunda (25), às 19h30 – Teatro Rival Petrobrás – Rua Álvaro Alvim, 33 – Centro – Ingressos – R$ 30 e R$ 15; os primeiros 100 ingressos serão vendidos a R$ 20.

Em São Paulo: sexta (29), às 22 horas – Café Paon – Avenida Pavão, 950 – Moema – Ingressos a R$ 30.



BANDA BLACK RIO - A Banda Black Rio, que fez grande sucesso a partir dos anos 70, apresenta  repertório que mescla músicas de sua discografia com clássicos de Edu Lobo, Ari Barroso, Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, além de canções inéditas do novo CD, com ilustres convidados: Artur Maia, Robertinho e Thiago Silva.

Onde: SESC Pinheiros - Rua Paes Leme, 195
Quando: sábado (23), 21 horas; domingo (24), 18 horas.
Quanto: R$ 5 a R$ 20

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Gudin, Ataulfo e Verônica Ferriani, no Sesc



No primeiro fim de semana deste ano, assisti a uma linda homenagem a Paulinho da Viola com as cantoras Alaíde Costa, Cida Moreira, Fabiana Cozza e Milena, que fizeram mais um show de lançamento do CD Elas Cantam Paulinho da Viola, no Sesc Vila Mariana.

São Paulo não para mesmo, e passadas as celebrações de fim de ano, o Sesc mantém suas atividades a todo vapor. Veja três das próximas atrações:



Este ano o cantor e compositor Eduardo Gudin comemora 15 anos do surgimento de seu grupo, o Notícias Dum Brasil, pelo qual já passaram artistas de grande expressão. No show, Gudin traz o grupo em sua atual formação - com as vozes de Ilana Volcov, Karina Ninni e Maurício Sant’anna e os percussionistas Osvaldo Reis, Jorginho Cebion, Ewerton de Almeida e Raphael Moreira - e abre espaço para a participação especial dos intérpretes das duas formações anteriores: Mônica Salmaso, Renato Braz, Fabiana Cozza, Márcia Lopes, Luís Bastos, Maria Martha, Edson Montenegro, Luciana Alves, Marilise Rossatto, Selma Boragian. Músicos acompanhantes: Teco Cardoso (sopros) e Milton Mori (cavaquinho/ bandolim). Direção do veterano produtor musical, Fernando Faro, sempre atuante com seus mais de 80 anos.

Onde: SESC Pompeia – Rua Clélia, 93
Quanto: R$ 7 a R$ 28
Quando: sábado (16), às 21 horas; e domingo (17), às 18 horas.




100 ANOS DE ATAULFO ALVES

Lançamento do CD duplo em comemoração aos 100 anos de Ataulfo Alves, da Lua Music, que teve participações, entre outros, dos intérpretes: Elza Soares, Elba Ramalho,, Ná Ozzetti, Germano Mathias, Alaíde Costa, André Mehmari, Beth Carvalho, Fabiana Cozza, Luiz Melodia, Quinteto em Branco e Preto e Língua de Trapo.

Em dois dias de show, Ataulfo Alves Jr. e Milena contam com participações de: Zezé Mota e Maria Alcina (sábado); e Fafá de Belém e Amelinha (domingo).

Onde: SESC Pinheiros – Rua Paes Leme, 195.
Quando: sábado (16), às 21 horas; e domingo (17), às 18 horas.
Quanto: R$ 3,50 a R$ 15

SÁBADOS DE SAMBA

A cantora Verônica Ferriani – que passeia com desenvoltura por vários ritmos da MPB – inaugura os Sábados de Samba do Sesc Consolação, como programação pré-carnavalesca. No show “Sambando, Sim!”, ela desfila o universo do samba de raiz, mostrando clássicos do gênero de várias épocas e autores expressivos, entre os quais “Mulata Assanhada” (Ataulfo Alves), “Tiro ao Álvaro/Samba do Ernesto” (Adoniran Barbosa), “O Samba da Minha Terra” (Dorival Caymmi), e muitos outros.

Trata-se de um SHOW GRATUITO, na área de Convivência. Portanto, prepare as pernas para a fila de fãs que querem ir ver essa grande cantora.

Quando: sábado (16/1), às 16h30.
Onde: SESC Consolação – Rua Dr. Vila Nova, 245.
INGRESSOS GRATUITOS A PARTIR DE UMA HORA ANTES.

Minha singela homenagem a Elvis Presley




Ele faria 75 anos em 8 de janeiro, e faço uma homenagem ao grande Rei do Rock, ainda que tardia. Gosto tanto dele que tenho um gato com seu nome (na foto). Aqui, lembro uma face pouco divulgada, em que até Elvis cantou Bossa Nova.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Um filme por dia: minha meta para 2010


Depois de uma pausa maior do que o previsto, começo o ano com uma série especial de posts sobre filmes (um só não seria suficiente), que estou ensaiando faz tempo. Afinal, tomei descanso de internet, mas não de filmes. No dia 31 de dezembro, consegui chegar ao meu recorde de exatos 365 filmes vistos! Tanto no cinema, como na TV ou em DVD, sem contar, claro, os tantos seriados que assisto... Ao notar que mal guardava os nomes de filmes que via, comecei em 2007 a fazer anotações com pequenos resumos sobre cada filme que via, incluindo via pela segunda ou terceira vez (coisa rara).

Em apenas dez dias do mês/ano, já ultrapassei a média de um por dia e vi 15!! Conta o fato de ter trabalhado menos no período e não ter episódios novos de seriados para ver por esses dias.

No geral, gosto de quase tudo o que vejo, e da maioria dos gêneros. (Lucélia Santos disse algo parecido outro dia, e me identifiquei totalmente: além de também gostar de “quase tudo”, assumiu – como poucas pessoas, embora com certa culpa – que assiste muito mais filmes do que lê.)

Tenho preconceito – sempre tive – contra filmes que se baseiem essencialmente em efeitos especiais. Exageros nesse sentido chegam a me irritar, principalmente quando vejo que tudo é grandioso para encobrir a pura falta de conteúdo! Ou quando eles me enlouquecem e me atordoam... É realmente raro eu assistir filmes desse tipo, como é o caso de Avatar. Esse – quando muito – verei quando chegar à TV a cabo. Vi o trailer e – me perdoem os que gostaram – achei um horror aqueles criaturas, não faz mesmo meu gênero. Além do quê, tem quase três horas, portanto estou definitivamente fora!



Cinema-catástrofe e ficção científica – Por opção, não vi praticamente nenhum dos antigamente chamados filmes-catástrofe, de aventura ou ficção científica: Tubarão, Twister, Indiana Jones, O Dia Depois de Amanhã, Godzilla, Fim dos Dias... Em compensação, fiquei maravilhada e com grande tensão quando, pré-adolescente, vi pela primeira vez um pequeno filme do então desconhecido Spielberg, Encurralado (1971). Pra não dizer que não vi nada de nada, vi na época – “obrigada” pela turma de amigos – Aeroporto 75 e Guerra nas Estrelas. Lembro-me bem que odiei, xinguei, dormi... Quanto a ficção, vi 2001 – Uma Odisseia no Espaço e Blade Runner, mas esses são outra história...

Há bem pouco tempo “tentei” ver Terremoto e O Destino de Poseidon e, definitivamente, nem consegui chegar ao fim. Eu sou o contrário da maioria das pessoas: ação e movimento em excesso me confundem e me entediam, quando não me irritam profundamente... Embora tenha gostado de Titanic... Vá entender!



Gêneros variados

Fora os mencionados e os westerns, gosto de quase tudo: comédias inteligentes, suspense, terror à moda antiga (sem grande sanguinolência), drama, romance, musicais (dependendo...) e até alguns filmes de ação. Aliás, hoje tentei ir ver o novo Sherlock Holmes..., com dois de meus atores favoritos: Robert Downey Jr e Jude Law. Por erro de comunicação, a sessão a que fui seria dublada, e dei meia volta, por motivos óbvios. Vi o personagem de Arthur Conan Doyle em filmes de várias épocas e estilos – incluindo com o mais perfeito (visualmente) Sherlock, Basil Rathbone (foto), que a partir dos anos 1930 muitas vezes encarnou o personagem – e gostaria de fazer uma comparação ou pelo menos conhecer mais uma abordagem.

E por falar em novos filmes, aqui vão alguns dos que vi recentemente e recomendo, e que ainda estão em cartaz: Julie & Julia (com a versátil Meryl Streep); Aconteceu em Woodstock – delicioso, embora tenha tudo, menos o festival em si: banhos de rio, “viagens”, transas, surf na lama...; o sensível filme inglês À procura de Eric, de Ken Loach, que tem o ex-craque de futebol francês Eric Cantona – que se sai muito bem como ator e que eu, como analfabeta em futebol, não conhecia; Caro Francis, que Nelson Hoineff dedicou ao polêmico amigo Paulo Francis – amado por uns e odiado por outros...

Indico filmes que estão em cartaz há alguns meses –e já estão em DVD – e que são o que chamo de pequenos grandes filmes: o japonês A Partida, que trata com leveza do pesado tema dos rituais da morte; e Almoço em Agosto, no qual um solteirão sem grana, que mora com a mãe, por acaso começa a ganhar dinheiro para cuidar das mães dos outros. Delicioso filme italiano!!

Hoje, na TV (TCM), vi pela primeira vez Tem uma Moça na Minha Sopa (1970). Pela abertura, com imagens psicodélicas e música bem da época (chatinha, que acompanha todo o filme), achei que seria uma bomba. Mas é uma comédia gostosinha, com o mulherengo comentarista gastronômico interpretado por Peter Sellers, que se apaixona pela então quase menina Goldie Hawn. Ela é a única americana da produção inglesa, e eu adoro sotaque britânico. Mesmo não sendo um de seus melhores filmes, dá pra se divertir e entender o porquê de ter feito escola, com seu humor sutil e desconcertante, inspirando Woody Allen e – suponho – Rowan Atkinson (o Mr. Bean) e tantos outros...

Aguarde, que voltarei a falar de filmes.