segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Oscar mais humano

AP Photo/Mark J. Terrill
Melissa Leo reverencia Kirk Douglas
A emoção da atriz Melissa Leo, premiada como coadjuvante em O Vencedor, foi visivelmente dupla. Afinal, ela recebeu o prêmio de ninguém menos do que Kirk Douglas. E essa cena foi, sem dúvida, um dos pontos altos da cerimônia. Kirk não tem mais a altivez e a elegância de suas atuações. Com dificuldades na fala, ele está melhor do que quando foi homenageado pela carreira, em cadeira de rodas, mantém o humor aos 94 anos, e de quebra ainda agarrou Melissa pela cintura para acompanhá-la na saída. E ela ainda foi se apoiando na bengala dele (rs.).

Por muitos anos não tive a menor paciência de assistir ao Oscar, que durava pelo menos umas quatro horas – que equivaliam a umas doze, com chatíssimos números musicais e performances que pareciam não acabar mais!

Bem, parece que não era só eu que não aguentava, já que de uns tempos pra cá sinto que tudo se tornou mais humano, mais voltado ao artista e ao filme do que ao espetáculo. E isso fica ainda mais claro nos agradecimentos, quando equipes inteiras sobem ao palco (não este ano, acho que não deixaram), e constatamos que os filmes resultam de trabalho árduo em equipe, em que cada um tem grande importância. Não faltam efeitos, como neste ano o próprio cenário projetando as imagens, o que deu uma beleza delicada.

Ainda assim, não consegui ver até o final – e o melhor sempre fica pro final –, e a última hora e meia deixei gravando e fui dormir. Valeu ver hoje pela manhã.

Getty Images/Reuters e AFP
James Franco e Anne Hathaway
Dessa vez dispensaram comediantes que muitas vezes fazem um humor constrangedor ou ininteligível, e conseguiram apresentadores simpáticos, principalmente Anne Hathaway, que se mostrou graciosa e versátil, ao lado de James Franco, mais contido. A opção por um casal foi boa, mas aproveitaram para homenagear um dos melhores apresentadores do evento, Billy Crystal, que lembrou de outro, o classudo Bob Hope.

Gago na cabeça – Vi poucos dos filmes concorrentes ao Oscar – Rede Social, Bravura Indômita, Biutiful, O Vencedor e Inverno da Alma, por exemplo, ainda não consegui ver –, mas me pareceu muito justo premiar O Discurso do Rei como melhor filme e direção. Trata-se de um filme comovente, que enfoca um tema delicado, como a gagueira de um importante representante da corte inglesa, o futuro rei George VI, belissimamente interpretado por Colin Firth, que no ano passado perdeu o prêmio por sua sensível atuação em Direito de Amar. Merecia também Geoffrey Rush, impecável como o “especialista em gagueira” que faz questão de tratar o rei como um igual, e vai fundo em seus problemas de socialização e familiares. Não vi Melissa Leo em O Vencedor, mas Helena Bonham Carter também estava brilhante no Discurso. A trilha também era maravilhosa, e podia ter vencido a aparentemente tecno demais trilha de Rede Social.

Houve muitos pontos altos na cerimônia, e nem vou falar aqui dos mais explorados pela mídia. Destaco a aplaudida presença de Oprah Winfrey, que apresentou os concorrentes a documentário. Ganhou Trabalho Interno, que, já me disseram, põe a nu o sistema financeiro mundial e suas falcatruas. Ainda não vi, mas pretendo, assim como o brasileiro Lixo Extraordinário. Dos estrangeiros, só vi Incêndios, muito triste e tocante, que mereceu ao menos a indicação.

Outro destaque - pelo menos para mim - foi a presença da carismática dupla Robert Downey Jr. e Jude Law, que estiveram juntos em Sherlock Holmes. Só para não deixar de citar, a sempre gracinha Natalie Portman fez bonito na premiação, assim como em sua atuação em Cisne Negro, em que faz a atormentada Nina.

Uma parte da qual sempre gosto é das homenagens in memoriam, que também fazem parte do Emmy. Eles costumam fazer umas montagens com imagens/cenas de atores, produtores, diretores e técnicos que morreram no decorrer do ano anterior. E foram muitos, entre os quais Blake Edwards, Lynn Redgrave, Jill Clayburgh e Patricia Neal. Até a interpretação de Celine Dion para “Smile”, de Charlie Chaplin, deu o tom certo de emoção.

Falando em música, que bom que premiaram uma que não lembra em nada aquelas baladinhas melosas que costumam ganhar: Randy Newman, ao piano e com seu vozeirão, apresentou o delicioso tema de Toy Story 3 (que também não vi, como nenhum da série), que escolhi para encerrar esta postagem.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Chico & Toquinho: Histórias de Canções

Se as histórias das canções de cada artista já eram boas, imagine as dos dois juntos. É a nova proposta do escritor Wagner Homem, que em novo show apresenta as histórias das canções de Chico Buarque & Toquinho. Imperdível!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

D. Ivone Lara lança CDs e DVD no Sesc

Divulgação
Na série lançamentos, começa hoje uma série de três shows da cantora, compositora e sambista carioca, Dona Ivone Lara. Aos 89 anos e esbanjando simpatia e boa voz, ela está lançando o CD “Nas escritas da vida”, além do CD e DVD “Canto de rainha”, este último como parte das comemorações dos 63 anos de carreira dedicada ao samba tradicional.

Dona Ivone foi a primeira mulher a compor samba-enredo e é autora de músicas como “Sonho meu”, em parceria com Délcio Carvalho, “Alguém me avisou” e “Enredo do meu samba”, parceria com Jorge Aragão.

Onde: Sesc Vila Mariana – Rua Pelotas, 141 – Fone: (11) 5080-3000
Quando: hoje e amanhã (18 e 19), às 21h; e domingo (20), às 18 horas
Quanto: R$ 8 a R$ 32

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Belas Artes vai fechar mesmo!

Faz tempo não escrevo sobre cinema, e desta vez é para confirmar uma má notícia: o Belas Artes vai fechar mesmo, apesar de todas as manifestações em contrário, desde que surgiu a primeira notícia de seu fechamento!
Ainda na semana passada estive lá. Assisti a dois bons filmes: Amor e Outras Drogas e Cisne Negro. Estava a maior movimentação, em plena segunda-feira, talvez ainda pela possibilidade de um acordo e da sobrevida de um cinema que faz parte de muitas gerações. Eu mesma frequento as salas há muitos anos, desde a adolescência.
A seguir, algo que não costumo fazer. Reproduzo a notícia publicada hoje no Estadão, que inclui entrevista com o advogado do dono do prédio, que não aceitou proposta de aluguel viabilizada pela conquista de novo patrocinador. A notícia saiu também na Folha, porém com menos detalhes.
Evelson de Freitas/AE (5/5/10)
Dono do prédio na Consolação não aceita proposta de R$ 1 milhão de aluguel por ano

Bruno Paes Manso - O Estado de S.Paulo

Nem as manifestações sucessivas feitas desde janeiro, nem os mais de 70 mil filiados ao Facebook contra o fechamento do Belas Artes serviram para levar o proprietário do imóvel na esquina da Avenida Paulista com a Rua da Consolação a renovar o contrato de aluguel com os donos do cinema. Assim, o Belas Artes, que funciona no mesmo local desde 1943, vai fechar as portas na próxima quinta-feira, dia 24.

Ontem, um dos sócios do cinema, André Sturm, recebeu a negativa para sua última cartada comercial. Com o apoio de um patrocinador, Sturm havia oferecido na segunda-feira aluguel de R$ 1 milhão por ano (R$ 85 mil mensais) ao dono do imóvel, Flávio Maluf. O proprietário recusou a oferta. O valor pago atualmente, reajustado no ano passado, é de R$ 63 mil. O dono do prédio quer receber R$ 150 mil mensais.

A última sessão de filmes vai ocorrer na quinta [24/2/11]. Depois, serão mais quatro dias para esvaziar e entregar o prédio. "Quero fazer algo para cima. Mas ainda não tive tempo para pensar em nada, porque estava muito ansioso e tinha esperança de reverter a situação", diz Sturm.

Apesar do fim da negociação, ainda corre no Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Conpresp) o processo de tombamento do Belas Artes. Caso ocorra, as restrições impostas ao imóvel podem limitar o uso e a negociação do prédio. Antes de decidir, conselheiros aguardam um parecer do Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) da Prefeitura sobre o assunto. "Desde a abertura do processo, ainda não voltamos a discutir o caso. É importante primeiro termos o parecer", disse o arquiteto José Eduardo Lefèvre, presidente do conselho.

Segundo Lefèvre, existe uma dificuldade porque o caso do Belas Artes não pode se enquadra nem como "tombamento material, nem como imaterial". O primeiro está voltado a preservar aspectos físicos e arquitetônicos de um prédio. Projetado nos anos 1940 pelo arquiteto italiano Giarcarlo Palanti, o imóvel sofreu várias reformas internas e na fachada nas décadas seguintes, diminuindo sua relevância arquitetônica.

No caso do tombamento imaterial, a decisão ocorre para que sejam determinados parâmetros de movimentos culturais relevantes, como é o caso do frevo, em Recife. "O que seria tombado no Belas Artes? A lei não permite definir um tipo de uso para o imóvel, por exemplo. Também é inviável tombar a programação. Mas, ao mesmo tempo, é inegável o valor do cinema para a cidade. Ele foi abraçado pela coletividade. Essas questões serão estudadas pelo DPH e deliberaremos a respeito", diz Lefèvre.

Zoneamento. Para a arquiteta Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo, o caso do Belas Artes evidencia como as autoridades de São Paulo não têm conseguido usar de forma adequada as políticas de zoneamento, instrumento que determina o uso e a ocupação do solo na cidade. "Em São Paulo, o zoneamento é visto de maneira torta, para se definir quantos andares podem ser construídos em cada bairro. É a lógica do mercado imobiliário", diz. Ela defende que o zoneamento seja usado para estabelecer áreas da cidade para interesses sociais e ambientais. "Como esse costume não existe, o tombamento se transformou em um instrumento de resistência, o único que permite levar em conta valores diferentes aos pregados pelo mercado."

TRÊS PERGUNTAS PARA...

Fabio Luchesi Filho, advogado do dono do imóvel do Belas Artes, Flávio Maluf:

1. Vocês vão ter o prédio de volta na próxima semana, dia 28. Que fim pretendem dar ao imóvel?
O proprietário (Flávio Maluf) já decidiu que não pretende renovar com nenhum novo cliente enquanto o Conpresp não decidir se o imóvel vai ou não vai ser tombado.

2. As informações são que vocês pedem R$ 150 mil mensais de aluguel. E que recusaram a oferta de R$ 85 mil. São esses mesmos os valores?
Os valores acabaram ficando para segundo plano. Precisamos primeiro esperar que a situação jurídica se resolva.

3. Caso o Conpresp se decida pelo tombamento, vocês considerariam a hipótese de voltar a alugar o prédio para os proprietários do Belas Artes?
Essa é uma questão que ainda deve ser analisada pelo proprietário. Difícil responder antes de uma definição.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Rogerio Santos & Zé Bacellar no Café Piu Piu

Como disse em outro post, faço questão de divulgar o trabalho de amigos quando são talentosos.

É o caso do cantor e compositor Rogerio Santos, que se apresenta nesta terça, no Café Piu Piu. A segunda atração da noite será Zé Bacellar, com repertório de MPB da melhor qualidade.

Rogerio apresenta repertório próprio e clássicos da MPB revisitados, acompanhado de Floriano Villaça (violão e arranjos), Mariô Rebouças (piano), Caio Góes (baixo) e Pimpa (percussão). Participação especial de Ítalo Peron (violão de 7 cordas).

O tradicional e espaçoso Café Piu Piu fica na Rua 13 de maio, 134. Abre às 20h30 e a entrada custa R$ 12.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Projeto Portal de ficção científica lança 6ª edição

Amigos a gente divulga não só pela amizade, mas pelo talento e qualidade de seus trabalhos. O conto “Aspieville”, de minha amiga Laura Fuentes, está na nova edição do Projeto Portal – uma revista de contos de ficção científica publicada semestralmente em sistema de cooperativa. A pequena tiragem – duzentos exemplares de cada número – é paga pelos participantes e os exemplares são divididos entre eles.

No total, são seis números (de papel e tinta, em formato livro). Cada um homenageia uma obra célebre do gênero: Portal Solaris, Portal Neuromancer, Portal Stalker, Portal Fundação, Portal 2001 e Portal Fahrenheit (que está sendo lançado). A maior parte do conteúdo era sci-fi e nada tinha a ver com a obra que dava título a suas publicações, exceto pela própria temática de ficção científica. Também foram aceitos contos com influências de horror e fantasia.

O objetivo do Projeto Portal é ter uma publicação de altíssima qualidade literária, ou seja, foi planejada para a intelligentsia, de maneira a se transformar em marco na ficção científica nacional e na literatura em geral.

Conheça as obras homenageadas nos portais:

1. Solaris, romance de 1961 escrito pelo polonês Stanisław Lem. Teve três versões para o cinema (68,72,02);
2. Neuromancer, romance de William Gibson, precursor do movimento cyberpunk e influência fortíssima para a saga Matrix.
3. Stalker, filme de 1979 do russo Andrei Tarkovsky, uma adaptação do romance dos irmãos Strugatsky.
4. Fundação, saga de sete romances escrita pelo russo Isaac Asimov.
5. 2001, filme americano de 1968 feito por Stanley Kubrick, baseado no conto “A Sentinela”, de Arthur C. Clarke.
6. Fahrenheit, romance de 1953 do americano Ray Bradbury. Virou filme de Truffaut em 1966 e tem outra versão rolando na mão de Mel Gibson, Brad Pitt, Tom Cruise e Tom Hanks (mas nada até agora).

Idealização: Nelson de Oliveira
Projeto gráfico e diagramação: Teo Adorno
Revisão: Mirtes Leal e Ivan Hegenberg
Impressão: LGE Editora

O Projeto Portal se destina ao pequeno grupo de aficionados mais refinados. Seu lema é: poucos exemplares para poucos leitores exemplares. Por isso, os números da revista não são vendidos; eles são distribuídos entre os melhores leitores do país.

Os melhores contos publicados na revista serão reunidos em uma antologia a ser lançada por uma editora comercial ainda este ano.

A sexta edição do projeto, o Portal Fahrenheit, será lançada em evento que conta com stand-up comedy, leituras dramáticas e sorteio de exemplares. Será neste sábado, 12 de fevereiro, no Espaço de Convivência da Biblioteca Viriato Correa, na Vila Mariana.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Cantoras abrilhantam shows no Sesc

Canções são de Edu Lobo e João Donato

A última semana de fevereiro tem shows imperdíveis com cantoras, que coincidentemente apresentam seus espetáculos nos mesmos dias: 23 e 24.

Vânia Bastos apresenta seu repertório dedicado à obra de Edu Lobo. As veteranas Leny Andrade, Alaíde Costa e Claudete Soares cantam as canções de João Donato, que fará participação especial.

Será difícil escolher, mas é possível comprar um para cada dia, como eu fiz. Confira:
VÂNIA BASTOS

A cantora apresenta seu mais recente trabalho, Nabocadolobo, dedicado à obra de Edu Lobo. O show tem a participação de uma banda formada por cinco músicos: Ronaldo Rayol (violão), André Bordinhon (guitarra), Nahame Casseb (bateria/percussão), Eric Buney (baixo acústico) e Moisés Alves (piano).

Onde: SESC Belenzinho – Rua Padre Adelino, 1.000 – Telefone: (11) 2076-9700
Quando: dias 23 e 24, quarta e quinta, às 21 horas.
Quanto: de R$ 6 a R$ 24

LENY ANDRADE, ALAÍDE COSTA E CLAUDETE SOARES CANTAM JOÃO DONATO

João Donato, um dos precursores da bossa nova e autor de grandes sucessos, é homenageado pelas cantoras Alaíde Costa, Leny Andrade e Claudete Soares que interpretarão suas músicas, acompanhadas por João Carlos Coutinho (piano), Zeca Assumpção (baixo) e Celso de Almeida (bateria). Participação especial de João Donato, o mestre do piano.

Onde: SESC Santana – Avenida Luiz Dumont Villares, 579 – Telefone: (11) 2971-8700
Quando: dias 23 e 24, quarta e quinta, às 21 horas.
Quanto: de R$ 5 a R$ 20

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Língua de Trapo e Mário Manga em ‘Música, meu Humor’

E mais: Amilton Godoy com Orquestra Municipal e, ainda, João Bosco.

O mês de fevereiro está tão repleto de atrações no Sesc que só mesmo desdobrando.
Aqui vão dicas do projeto Música, meu Humor, além de Amilton Godoy com Orquestra Sinfõnica Municipal e, ainda, João Bosco. Escolha ou vá em tudo – como eu – e divirta-se!

Projeto Música, meu Humor – Sesc Vila Mariana

O som, o ritmo, a melodia e a harmonia a serviço do bom humor, da malícia, do chiste e da ironia. Um desfile de músicos humoristas pelos atalhos dos acordes da comicidade. Confira:

Língua de Trapo


O grupo paulistano, que completa 30 anos de estrada, traz antigos e novos sucessos, como ‘O Cookie do meu bem’, ‘Força do pensamento’ e Conchetta, entre outros. Com Laert Sarrumor (voz), Sérgio Gama (voz, violão e bandolim), Marcelo Castilha (acordeon e teclado), Zé Miletto (teclados), Valmir Valentim (bateria), Cacá Lima (baixo e vocal), Marcos Arthur (percussão). Participação especial de Wandi Doratiotto e Danilo Moraes.

Quando: terça (dia 8), às 21 horas
Agência Estado
Mauricio Pereira

O “eterno” Mulheres Negras apresenta-se acompanhado pelo pianista Daniel Szafran, no espetáculo “Mergulhar na surpresa, o show”.

Quando: sexta (dia 11), às 20h30
Luciana Prezia/AE
Mário Manga

O integrante dos grupos Premê e Música Ligeira, que também acompanha cantores da melhor qualidade e faz arranjos, gravações em estúdio, produções de CDs, trilhas e direções musicais, mostra suas canções neste espetáculo. Canções antigas como ‘Rubens’, ‘Beleza interior’, ‘A saga de Abud Salim’, ‘Padaria’ e ‘São Paulo São Paulo’ misturam-se com músicas tão inéditas que só serão finalizadas para o espetáculo. Com Marcio Arantes na guitarra, baixo, cello, violão e samplers.

Quando: sexta (dia 25), às 20h30.

Serviço (para todos os shows da série):

Onde: SESC Vila Mariana – Rua Pelotas, 141 – Telefone: (11) 5080-3000
Quanto: de R$ 4 a R$ 16
ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL e AMILTON GODOY

O pianista Amilton Godoy é o solista neste concerto com a Orquestra Sinfônica Municipal, que traz no repertório ‘Rapsody in Blue’ (George Gershwin), ‘Prelúdio em Dó menor’ (Bach), ‘Scheherazade’ (Rimsky-Korsakov); ‘Tema de Gabriela’ (Tom Jobim) e temas do filme ‘O Pagador de Promessas’, de Gabriel Migliori. Com participação do Zimbo Trio.

Onde: Sesc Pinheiros – Ra Paes Leme, 195 – Telefone: (11) 3095-9400
Quando: dia 10, quinta-feira, às 21 horas
Quanto: de R$ 3,50 a R$ 14

JOÃO BOSCO

O cantor e compositor apresenta sucessos de sua carreira, como ‘O bêbado e a equilibrista’, ‘Corsário’, ‘Bala com bala’, ‘Jade’, ‘Papel Marchê’, além de músicas de seu mais recente CD, “Não vou pro céu mas já não vivo no chão”. Com Ricardo Silveira (guitarra), Jamil Joanes (baixo) e Kiko Freitas (bateria).

Onde: Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93 – Telefone: (11) 3871-7700
Quando: dias 19, 20, 25, 26 e 27; sexta e sábado, 21h; domingo, 18 horas
Quanto: R$ 8 a R$ 32

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Exposição ‘Agô!’ e mostra ‘Islã’

Foto: Marcello Vitorino
A exposição fotográfica Agô! – que abre nesta quarta-feira – é fruto de uma documentação que o fotógrafo Marcello Vitorino vem produzindo há mais de dois anos em terreiros de candomblé e umbanda de Diadema. Nesse período, cerca de três mil imagens foram produzidas.

Para a exposição, foram selecionadas 31 fotografias, além de um painel composto por espelhos e 81 fotografias.

O trabalho em Diadema faz parte de um projeto mais amplo, que vem sendo realizado há cerca de dez anos, no qual as manifestações de fé do homem em sua busca pelo contato com o sagrado são reveladas em cores fortes, sombras profundas e um clima eminentemente silencioso.

O contato com os grupos de candomblé no ABC deu-se, nas palavras do fotógrafo, “a partir de uma necessidade de entender não apenas o sentido da transcendência, mas também o de imanência, tão presente na relação do povo de santo com seus orixás”.

Agô, na língua iorubá, quer dizer “licença”. É exatamente o que Marcello Vitorino vem entoando pelos terreiros que vem descobrindo na cidade de Diadema. Humildemente pedindo licença para entender, vivenciar e aprender um pouco de uma cultura milenar que, por mais incrível que possa parecer, ainda tem boa parte de seus agentes exercendo suas práticas sob um severo e preconceituoso olhar da sociedade.

A documentação de Agô! vem sendo produzida em terreiros de umbanda e candomblé das nações Queto, Angola e Jeje-Nagô. O preparo da festa, a simbologia, os personagens e suas relações no espaço mítico do terreiro são alguns dos aspectos explorados pelo autor nesse trabalho.

A exposição será inaugurada no Museu de Arte Popular de Diadema, importante espaço dedicado às manifestações culturais populares da região, amanhã (quarta-feira, dia 2), às 19h30.

Serviço:

O quê: Exposição Agô!
Onde: Museu de Arte Popular de Diadema (MAP) do Centro Cultural Diadema – Rua Graciosa, 300 – Centro – Diadema – Telefone: (11) 4056-3366
Quando: abertura: 2 de fevereiro, às 19h30 – Visitação até 19 de março / Horários: terça a sexta, das 13h às 19h; sábados, das 13h às 18 horas

ISLÃ: ARTE E CIVILIZAÇÃO
Divulgação
A mostra Islã: Arte e Civilização reúne mais de 300 peças produzidas do século 8 em diante, vindas dos principais museus da Síria e do Irã, além do Líbano e países africanos.

Há de tudo nessa exposição com curadoria do professor Paulo Daniel Farah e Rodolfo de Athayde: de fragmentos originais do palácio Al-Hair Al- Gharbi, na Síria Central, a peças de mobiliário, passando por objetos de cerâmica, tapetes, roupas, armas, mosaicos, iluminuras e instrumentos musicais.

Numa sala exclusivamente dedicada à caligrafia, há curiosos exemplos de peças que fazem uso da caligrafia associada a motivos geométricos, como uma tigela azul do século 13, reveladora da influência que os chineses tiveram sobre a arte islâmica.

A linha curatorial da exposição privilegiou os objetos não pertencentes ao espaço religioso da cultura muçulmana justamente para desfazer um equívoco comum entre os ocidentais, o de que a arte islâmica se resume a motivos geométricos e arabescos, abolindo a figura humana e animais, por serem criações divinas.

Serviço:

O quê: Mostra Islã: Arte e Civilização
Onde: CCBB-SP – Rua Álvares Penteado, 112 – Centro – Telefone: (11) 3113-3651.
Quando: de terça a domingo, das 10 às 20 horas. Até 27 de março.
ENTRADA FRANCA

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo