Foto: Marcello Vitorino |
Para a exposição, foram selecionadas 31 fotografias, além de um painel composto por espelhos e 81 fotografias.
O trabalho em Diadema faz parte de um projeto mais amplo, que vem sendo realizado há cerca de dez anos, no qual as manifestações de fé do homem em sua busca pelo contato com o sagrado são reveladas em cores fortes, sombras profundas e um clima eminentemente silencioso.
O contato com os grupos de candomblé no ABC deu-se, nas palavras do fotógrafo, “a partir de uma necessidade de entender não apenas o sentido da transcendência, mas também o de imanência, tão presente na relação do povo de santo com seus orixás”.
Agô, na língua iorubá, quer dizer “licença”. É exatamente o que Marcello Vitorino vem entoando pelos terreiros que vem descobrindo na cidade de Diadema. Humildemente pedindo licença para entender, vivenciar e aprender um pouco de uma cultura milenar que, por mais incrível que possa parecer, ainda tem boa parte de seus agentes exercendo suas práticas sob um severo e preconceituoso olhar da sociedade.
A documentação de Agô! vem sendo produzida em terreiros de umbanda e candomblé das nações Queto, Angola e Jeje-Nagô. O preparo da festa, a simbologia, os personagens e suas relações no espaço mítico do terreiro são alguns dos aspectos explorados pelo autor nesse trabalho.
A exposição será inaugurada no Museu de Arte Popular de Diadema, importante espaço dedicado às manifestações culturais populares da região, amanhã (quarta-feira, dia 2), às 19h30.
Serviço:
O quê: Exposição Agô!
Onde: Museu de Arte Popular de Diadema (MAP) do Centro Cultural Diadema – Rua Graciosa, 300 – Centro – Diadema – Telefone: (11) 4056-3366
Quando: abertura: 2 de fevereiro, às 19h30 – Visitação até 19 de março / Horários: terça a sexta, das 13h às 19h; sábados, das 13h às 18 horas
ISLÃ: ARTE E CIVILIZAÇÃO
Divulgação |
Há de tudo nessa exposição com curadoria do professor Paulo Daniel Farah e Rodolfo de Athayde: de fragmentos originais do palácio Al-Hair Al- Gharbi, na Síria Central, a peças de mobiliário, passando por objetos de cerâmica, tapetes, roupas, armas, mosaicos, iluminuras e instrumentos musicais.
Numa sala exclusivamente dedicada à caligrafia, há curiosos exemplos de peças que fazem uso da caligrafia associada a motivos geométricos, como uma tigela azul do século 13, reveladora da influência que os chineses tiveram sobre a arte islâmica.
A linha curatorial da exposição privilegiou os objetos não pertencentes ao espaço religioso da cultura muçulmana justamente para desfazer um equívoco comum entre os ocidentais, o de que a arte islâmica se resume a motivos geométricos e arabescos, abolindo a figura humana e animais, por serem criações divinas.
Serviço:
O quê: Mostra Islã: Arte e Civilização
Onde: CCBB-SP – Rua Álvares Penteado, 112 – Centro – Telefone: (11) 3113-3651.
Quando: de terça a domingo, das 10 às 20 horas. Até 27 de março.
ENTRADA FRANCA
Fonte: jornal O Estado de S. Paulo
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