domingo, 10 de janeiro de 2010

Um filme por dia: minha meta para 2010


Depois de uma pausa maior do que o previsto, começo o ano com uma série especial de posts sobre filmes (um só não seria suficiente), que estou ensaiando faz tempo. Afinal, tomei descanso de internet, mas não de filmes. No dia 31 de dezembro, consegui chegar ao meu recorde de exatos 365 filmes vistos! Tanto no cinema, como na TV ou em DVD, sem contar, claro, os tantos seriados que assisto... Ao notar que mal guardava os nomes de filmes que via, comecei em 2007 a fazer anotações com pequenos resumos sobre cada filme que via, incluindo via pela segunda ou terceira vez (coisa rara).

Em apenas dez dias do mês/ano, já ultrapassei a média de um por dia e vi 15!! Conta o fato de ter trabalhado menos no período e não ter episódios novos de seriados para ver por esses dias.

No geral, gosto de quase tudo o que vejo, e da maioria dos gêneros. (Lucélia Santos disse algo parecido outro dia, e me identifiquei totalmente: além de também gostar de “quase tudo”, assumiu – como poucas pessoas, embora com certa culpa – que assiste muito mais filmes do que lê.)

Tenho preconceito – sempre tive – contra filmes que se baseiem essencialmente em efeitos especiais. Exageros nesse sentido chegam a me irritar, principalmente quando vejo que tudo é grandioso para encobrir a pura falta de conteúdo! Ou quando eles me enlouquecem e me atordoam... É realmente raro eu assistir filmes desse tipo, como é o caso de Avatar. Esse – quando muito – verei quando chegar à TV a cabo. Vi o trailer e – me perdoem os que gostaram – achei um horror aqueles criaturas, não faz mesmo meu gênero. Além do quê, tem quase três horas, portanto estou definitivamente fora!



Cinema-catástrofe e ficção científica – Por opção, não vi praticamente nenhum dos antigamente chamados filmes-catástrofe, de aventura ou ficção científica: Tubarão, Twister, Indiana Jones, O Dia Depois de Amanhã, Godzilla, Fim dos Dias... Em compensação, fiquei maravilhada e com grande tensão quando, pré-adolescente, vi pela primeira vez um pequeno filme do então desconhecido Spielberg, Encurralado (1971). Pra não dizer que não vi nada de nada, vi na época – “obrigada” pela turma de amigos – Aeroporto 75 e Guerra nas Estrelas. Lembro-me bem que odiei, xinguei, dormi... Quanto a ficção, vi 2001 – Uma Odisseia no Espaço e Blade Runner, mas esses são outra história...

Há bem pouco tempo “tentei” ver Terremoto e O Destino de Poseidon e, definitivamente, nem consegui chegar ao fim. Eu sou o contrário da maioria das pessoas: ação e movimento em excesso me confundem e me entediam, quando não me irritam profundamente... Embora tenha gostado de Titanic... Vá entender!



Gêneros variados

Fora os mencionados e os westerns, gosto de quase tudo: comédias inteligentes, suspense, terror à moda antiga (sem grande sanguinolência), drama, romance, musicais (dependendo...) e até alguns filmes de ação. Aliás, hoje tentei ir ver o novo Sherlock Holmes..., com dois de meus atores favoritos: Robert Downey Jr e Jude Law. Por erro de comunicação, a sessão a que fui seria dublada, e dei meia volta, por motivos óbvios. Vi o personagem de Arthur Conan Doyle em filmes de várias épocas e estilos – incluindo com o mais perfeito (visualmente) Sherlock, Basil Rathbone (foto), que a partir dos anos 1930 muitas vezes encarnou o personagem – e gostaria de fazer uma comparação ou pelo menos conhecer mais uma abordagem.

E por falar em novos filmes, aqui vão alguns dos que vi recentemente e recomendo, e que ainda estão em cartaz: Julie & Julia (com a versátil Meryl Streep); Aconteceu em Woodstock – delicioso, embora tenha tudo, menos o festival em si: banhos de rio, “viagens”, transas, surf na lama...; o sensível filme inglês À procura de Eric, de Ken Loach, que tem o ex-craque de futebol francês Eric Cantona – que se sai muito bem como ator e que eu, como analfabeta em futebol, não conhecia; Caro Francis, que Nelson Hoineff dedicou ao polêmico amigo Paulo Francis – amado por uns e odiado por outros...

Indico filmes que estão em cartaz há alguns meses –e já estão em DVD – e que são o que chamo de pequenos grandes filmes: o japonês A Partida, que trata com leveza do pesado tema dos rituais da morte; e Almoço em Agosto, no qual um solteirão sem grana, que mora com a mãe, por acaso começa a ganhar dinheiro para cuidar das mães dos outros. Delicioso filme italiano!!

Hoje, na TV (TCM), vi pela primeira vez Tem uma Moça na Minha Sopa (1970). Pela abertura, com imagens psicodélicas e música bem da época (chatinha, que acompanha todo o filme), achei que seria uma bomba. Mas é uma comédia gostosinha, com o mulherengo comentarista gastronômico interpretado por Peter Sellers, que se apaixona pela então quase menina Goldie Hawn. Ela é a única americana da produção inglesa, e eu adoro sotaque britânico. Mesmo não sendo um de seus melhores filmes, dá pra se divertir e entender o porquê de ter feito escola, com seu humor sutil e desconcertante, inspirando Woody Allen e – suponho – Rowan Atkinson (o Mr. Bean) e tantos outros...

Aguarde, que voltarei a falar de filmes.

5 comentários:

pituco disse...

oi.lindona,
maratona cinematográfica...vai bem com pipoca e no escurinho...rsrsrs

aliás, faz muito tempo que não vou ao cinema...talvez anos e ao teatro, sem coment´rios...até me esqueci qual a última peça que assisti...eu que era 'rato' desses...enfim

bacci mille

Stella disse...

Nossa, Laila, fiquei maravilhada lendo tudo sobre os filmes que assiste. Admiro muito pessoas como vc que assistem a bons filmes e estão sempre prontas para nos dar dicas.Gostaria de ser assim, mas nunca consegui ficar assistindo vários filmes no mesmo dia, um atrás do outro. Disto, por incrível que pareça, nunca gostei. Não sou de ficar alugando filmes, como a maioria das pessoas. Até para eu ir ao cinema está difícil... Tenho que estar com muita vontade. Agora, estou com vontade assistir ao Sherlock Holmes. Neste eu vou. Mas as séries que passam na TV a cabo, eu gosto muito!

Laila Guilherme disse...

Crianças, seguinte: eu gosto mesmo é de ver filmes na telona, o que faço pelo menos uma vez por semana. Sempre que possível, já vejo dois de uma vez, pra aproveitar a viagem e geralmente os descontos. Para ver em casa, não baixo nada da internet nem alugo, pois tenho pilhas de fitas (sim, ainda uso vídeo) de filmes que gravo na TV a cabo para ver naquelas horas que não tem nada de bom... E mesmo assim, a pilha só vai aumentando... hehe...

Malu disse...

oi, Laila, tenho que discordar em relação a Indiana Jones (os 2 primeiros) e Guerra nas Estrelas (especialmente os 3 primeiros lançados que, aliás, são os últimos da série). São filmes deliciosos que se você desse uma chance veria as qualidades. Admiro seu cardápio cinematográfico e sua disciplina. Também adoro cinema e, se fosse possível, iria pelo menos uma vez por semana. Beijinhos, LU

Laila Guilherme disse...

Claro, fiquem à vontade para discordar. Harrison Ford como Indiana Jones é capa do tal livro "1.000 Filmes...", mas nunca consegui assistir às suas aventuras. Quanto ao "Guerra...", tentei ver o primeiro N vezes, em diversas fases da vida. Não tem jeito: há algumas unanimidades em cinema de que não consigo gostar, e falarei delas logo mais.

beijos.