domingo, 28 de fevereiro de 2010

Sherlock, Avatar, Olhar do Paraíso, Invictus...

Tenho ido a cinema menos do que gostaria, e mesmo na TV tenho visto poucos filmes. O número que tinha visto até o início de fevereiro – e que já havia ultrapassado o número de dias do ano – já ficou para trás: até ontem, vi “apenas” 48 (em 58 dias)...


Faz tempo estou para comentar sobre Sherlock Holmes, que continua em cartaz. Dois de meus atores favoritos (Downey Jr. e Jude Law) protagonizam o filme e não fazem feio, embora sejam um pouco jovens para os papéis de Sherlock e Watson. O filme de Guy Ritchie – mais famoso por ser ex de Madonna do que como cineasta, embora tenha feito o engraçado, mas meio nojento Snatch - Porcos e Diamantes (aquele em que Brad Pitt fala um inglês ininteligível, lembra? – tem o típico clima gótico e charmoso que cai como uma luva na história. Assim como em outros filmes dele, tem humor, também, e cenas de luta – o que fez muitos fãs mais tradicionais de Sherlock chiar. Mas, mesmo eu, que não gosto de filmes de ação, gostei até dessas cenas. Claro que tem muita marmelada, mas vale como entretenimento. Sherlock e seu parceiro combatem os vilões de sempre, desta vez com muita força, além da costumeira habilidade de dedução. Vale a pena, mesmo, é na telona! E já sinaliza uma sequência...


Acabei cedendo aos conselhos de amigos e fui ver Avatar. Vi legendado, em tela 3D, que não me deu a tontura que tinha sentido com a tela Imax. O filme deixa-se ver e, para meu gosto, tem mais visual do que história. No meu modo de ver, meia horinha a menos não faria mal nenhum (para mim, o tamanho ideal dos longas é até 2 horas)! Valeu mesmo pelo visual, principalmente as cenas de mata e floresta, já que efeitos visuais em excesso e ação demais não me agradam... Mas até que é bonitinho (fãs do dito cujo, por favor, não me matem!)...


Esta semana fui ver o novo do diretor de Senhor dos Anéis, Peter Jackson: Um Olhar do Paraíso. Geralmente vou ao cinema sozinha, mas desta vez fui acompanhada. Minha amiga se incomodou, achou o filme pesado, e não soube definir bem se gostou ou não. Já aconteceu isso comigo em alguns filmes, mas não com esse. Também não soube definir se gostei, mas fotografia e elenco são ótimos (...). Já a história... Parece que não se resolve entre algo sobrenatural, mediúnico ou científico... O “pesado” é que a adolescente narra sua própria morte, por um serial killer, que ela tenta de alguma forma avisar ao mundo dos vivos. Não sei dizer, mas acho que, tirando a menina (Saoirse Ronan, de Desejo e Reparação), o assassino (Stanley Tucci, bom como sempre!), a irmã dela e a avó (Susan Sarandon, que dá leveza ao filme), faltou um pouco de direção de atores ou força de personagens, pois até os normalmente talentosos Mark Wahlberg e Rachel Weisz ficaram um pouco apagados na história.

Tenho um MONTE de outros filmes pra assistir, vamos ver se esta semana consigo.


NA TV

Quem tem Net/Sky, fique ligado em dois filmes sobre Mandela, que vão reprisar a partir de 8 de março. Infelizmente, Mandela – Luta pela Liberdade (2007) será dublado, no Pipoca. Neste, a história dos 27 anos da prisão do líder sul-africano (representado pelo ótimo Dennis Haysbert) é contada sob o ponto de vista de um carcereiro que conviveu com ele a maior parte do tempo. Um belo filme, assim como o documentário Mandela (1996), que narra a trajetória de luta desse líder até sua ascensão à presidência do país. São ótimos contrapontos ao excelente Invictus – um dos filmes de Clint Eastwood mais criticados – em cartaz nos cinemas. Para mim, ao contrário, é um ótimo parâmetro para a Copa do Mundo, que este ano será na África do Sul. Afinal, trata do rúgbi, um esporte essencialmente “branco”, que Mandela incentivou ao chegar à presidência, mesmo contrariando a maior parte de seus apoiadores. Eastwood mostra, mais uma vez, que sabe dirigir como poucos. E emocionar, com sensibilidade rara...

Domingo que vem tem a entrega do Oscar. Vamos ver se esta semana consigo ver mais alguns concorrentes (tenho um MONTE de filmes pra assistir)...

2 comentários:

Rosa disse...

Laila querida!
Desses todos só vi Invictus, que gostei muito. É maravilhoso como o esporte é retratado, como ele pode e é, peça fundamental para unificar, engrandecer e socializar. A sensibilidade de Clint Eastwood nos faz arrepiar pelo traço forte de delicadeza com que passeia pela figura de Mandela, cujas atitudes falam por si só.
Adorei as dicas...
Beijos!!

Laila Guilherme disse...

Invictus: interessante também que os jogadores de rúgbi, além de muito fortes, aparentemente têm uma vida esportiva mais longa.

Eastwood foi acusado de fantasioso, mas baseou-se em um livro que narra o caso específico da união pelo esporte, em uma África do Sul semidestruída e paupérrima.

Por vezes, atitudes de Mandela lembram o populismo dos ditadores latino-americanos, que usaram muito o esporte nos anos 70. Mas a ideia que nos passa é de muita sinceridade em suas atitudes.