Tenho ido a cinema menos do que gostaria, e mesmo na TV tenho visto poucos filmes. O número que tinha visto até o início de fevereiro – e que já havia ultrapassado o número de dias do ano – já ficou para trás: até ontem, vi “apenas” 48 (em 58 dias)...
Acabei cedendo aos conselhos de amigos e fui ver Avatar. Vi legendado, em tela 3D, que não me deu a tontura que tinha sentido com a tela Imax. O filme deixa-se ver e, para meu gosto, tem mais visual do que história. No meu modo de ver, meia horinha a menos não faria mal nenhum (para mim, o tamanho ideal dos longas é até 2 horas)! Valeu mesmo pelo visual, principalmente as cenas de mata e floresta, já que efeitos visuais em excesso e ação demais não me agradam... Mas até que é bonitinho (fãs do dito cujo, por favor, não me matem!)...
Esta semana fui ver o novo do diretor de Senhor dos Anéis, Peter Jackson: Um Olhar do Paraíso. Geralmente vou ao cinema sozinha, mas desta vez fui acompanhada. Minha amiga se incomodou, achou o filme pesado, e não soube definir bem se gostou ou não. Já aconteceu isso comigo em alguns filmes, mas não com esse. Também não soube definir se gostei, mas fotografia e elenco são ótimos (...). Já a história... Parece que não se resolve entre algo sobrenatural, mediúnico ou científico... O “pesado” é que a adolescente narra sua própria morte, por um serial killer, que ela tenta de alguma forma avisar ao mundo dos vivos. Não sei dizer, mas acho que, tirando a menina (Saoirse Ronan, de Desejo e Reparação), o assassino (Stanley Tucci, bom como sempre!), a irmã dela e a avó (Susan Sarandon, que dá leveza ao filme), faltou um pouco de direção de atores ou força de personagens, pois até os normalmente talentosos Mark Wahlberg e Rachel Weisz ficaram um pouco apagados na história.
Tenho um MONTE de outros filmes pra assistir, vamos ver se esta semana consigo.
NA TV
Quem tem Net/Sky, fique ligado em dois filmes sobre Mandela, que vão reprisar a partir de 8 de março. Infelizmente, Mandela – Luta pela Liberdade (2007) será dublado, no Pipoca. Neste, a história dos 27 anos da prisão do líder sul-africano (representado pelo ótimo Dennis Haysbert) é contada sob o ponto de vista de um carcereiro que conviveu com ele a maior parte do tempo. Um belo filme, assim como o documentário Mandela (1996), que narra a trajetória de luta desse líder até sua ascensão à presidência do país. São ótimos contrapontos ao excelente Invictus – um dos filmes de Clint Eastwood mais criticados – em cartaz nos cinemas. Para mim, ao contrário, é um ótimo parâmetro para a Copa do Mundo, que este ano será na África do Sul. Afinal, trata do rúgbi, um esporte essencialmente “branco”, que Mandela incentivou ao chegar à presidência, mesmo contrariando a maior parte de seus apoiadores. Eastwood mostra, mais uma vez, que sabe dirigir como poucos. E emocionar, com sensibilidade rara...
Domingo que vem tem a entrega do Oscar. Vamos ver se esta semana consigo ver mais alguns concorrentes (tenho um MONTE de filmes pra assistir)...
2 comentários:
Laila querida!
Desses todos só vi Invictus, que gostei muito. É maravilhoso como o esporte é retratado, como ele pode e é, peça fundamental para unificar, engrandecer e socializar. A sensibilidade de Clint Eastwood nos faz arrepiar pelo traço forte de delicadeza com que passeia pela figura de Mandela, cujas atitudes falam por si só.
Adorei as dicas...
Beijos!!
Invictus: interessante também que os jogadores de rúgbi, além de muito fortes, aparentemente têm uma vida esportiva mais longa.
Eastwood foi acusado de fantasioso, mas baseou-se em um livro que narra o caso específico da união pelo esporte, em uma África do Sul semidestruída e paupérrima.
Por vezes, atitudes de Mandela lembram o populismo dos ditadores latino-americanos, que usaram muito o esporte nos anos 70. Mas a ideia que nos passa é de muita sinceridade em suas atitudes.
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