A dica do festival É Tudo Verdade é de um amigo leitor. Em sua 15ª edição, o evento traz uma maratona de documentários, em curta, média e longa-metragem, produzidos no Brasil e no exterior, que serão exibidos até o dia 18 em diversas salas de cinema da cidade. Meus leitores já sabem que não sou amiga de maratonas, mas pra quem gosta destaco alguns títulos nacionais:
“No Meio do Rio, Entre as Árvores”, de Jorge Bodanzky (foto) – Resultado de uma expedição ao Alto Solimões, na Amazônia, que ministrou oficinas de vídeo, fotografia e circo a diversas comunidades ribeirinhas, o filme capta imagens de um universo amplo, de grande beleza, mas em que a exploração econômica predatória deixou marcas.
“Arquitetos do Poder”, de Vicente Ferraz e Alessandra Aldé (RJ, 90 min) – O filme observa a relação entre mídia e política no Brasil, destacando a evolução das técnicas de propaganda nas campanhas eleitorais – de Getúlio a Lula.
“O Contestado – Restos Mortais”, de Sylvio Back (RJ, 158 min) – A Guerra do Contestado (1912-1916) envolveu milhares de civis e militares no interior do Paraná e de Santa Catarina, num combate envolvendo disputa fundiária e questões de fronteira.
“Eu, o Vinil e o Resto do Mundo”, de Lila Rodrigues e Karina Ades (SP, 72 min) – Retrato de jovens da periferia de São Paulo que participam do maior campeonato de DJs da America Latina, o Hip-Hop DJ.
“Fora de Campo”, de Adirley Queirós (DF, 52 min) – Uma radiografia do universo dos clubes de futebol profissionais, tomando Brasília por microcosmo.
“Manual Prático de Como Ter Sucesso na Política Brasileira”, de Felipe Lacerda (RJ, 104 min) – Estudo dos métodos utilizados pelos políticos nacionais para permanecer no poder, a partir do cotidiano de um vereador do interior do Amazonas.
(recomendado pelo amigo leitor) “Programa Casé – O Que a Gente Não Inventa, Não Existe”, de Estevão Ciavatta (RJ, 80 min) – A trajetória de Adhemar Casé (1902-1993), um vendedor de rádio que fez história no rádio, na TV e na publicidade brasileira, lançando nomes como Noel Rosa, Carmem Miranda e Orlando Silva.
“Terra Deu, Terra Come”, de Rodrigo Siqueira (MG, 89 min) – Pedro de Alexina, 82, conduz, como mestre de cerimônias, o funeral de João Batista, morto aos 120 anos.
Curtas-metragens:
“Bar da Estação”, de Leonardo Ayres Furtado (MG, 17 min) – Todos os dias, José dos Santos abre o Bar da Estação, no pequeno município de Ribeirão Vermelho, em Minas Gerais.
“Bernnô, de Pedro Gorski” (SP, 24 min) – Um retrato do artista plástico, paulistano do bairro do Limão, que através do domínio das técnicas de pintura automotiva, construiu uma carreira como artista, reconhecido pelo público e pela crítica.
“Mãos de Outubro”, de Vitor Souza Lima (PA, 21 min) – Filme mostra pessoas que constroem a manifestação de fé do Brasil.
“Querida Mãe”, de Patricia Cornils (SP, 25 min) – Uma conversa entre cartas escritas por uma mãe e os sentimentos que provocam, 44 anos depois, em sua filha, que não a conheceu.
“Xetá”, de Fernando Severo (PR, 20 min) – Durante o desordenado processo de colonização do noroeste do Paraná, nos anos 40, uma população indígena foi expulsa de suas terras. A quase extinção desse povo contribuiu para um desastre ecológico irreversível na região.
“Karl Max Way”, de Flavia Guerra e Maurício Osaki (SP, 25 min) – Karl Marx é um motoboy brasileiro que vive em Londres. Quer ganhar dinheiro para ter uma vida melhor, mas precisa encarar ‘pequenos’ problemas: ilegalidade e risco de vida.
“Acontecências”, de Alice Villela e Hidalgo Romero (SP, 23 min) – Filmado na aldeia Asuriní do Xingu, em 2007, durante pesquisa de campo da antropóloga Alice Villela. Trata-se de um olhar poético sobre o material bruto.
“As Aventuras de Paulo Bruscky", de Gabriel Mascaro (PE, 20 min) – Artista entra na plataforma de relacionamento virtual ‘second life’ e conhece um ex-diretor de cinema, Gabriel Mascaro, que hoje vive, se diverte e trabalha fazendo filmes na rede virtual.
“Se meu Pai Fosse de Pedra”, de Maria Camargo (RJ, 20 min) – Filha analisa a trajetória do escultor Sergio Camargo, morto há 18 anos.
Fonte: UOL/Folha
Veja a programação completa – por salas de exibição e títulos – no site do É Tudo Verdade, clicando aqui.
Como contraponto, indico as mostras É Tudo Mentira, na Galeria Olido (veja mais aqui), e o Festival de Melhores Filmes do Ano, do CineSesc, que prossegue até o dia 23. Veja mais aqui.
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3 comentários:
Programação tentadora, pena que eu não possa ir. Adoraria ver o do Bodansky, que conheci pessoalmente e faz coisas lindas.
Parabéns pelo blogue e o empenho digno de quem ama as artes.
Ontem fui ver a Marcia Lopes. O show tá divino e vale a pena estar de pertinho acompanhando tão rara afinação.
Beijos Laila!!
OI Laila, teu blog esta lindo.
Parabéns
Bjs Vera
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