Luiz Tripoli/Divulgação Cena do espetáculo que segue ritmo das canções de Duke Ellington |
O criador José Possi Neto se inspirou numa visita à cidade norte-americana de Boston, no final dos anos 70. Quando caminhava a esmo por uma rua desconhecida da cidade, acabou parando ao ouvir a música que vinha de um porão e decidiu entrar. Lá dentro, no salão esfumaçado, a plateia era quase toda negra e lotava as mesas, ouvindo uma banda de jazz. “O som era absolutamente maravilhoso. Eu só não conseguia entender como é que todo mundo conseguia ficar sentado, sem dançar”, lembra o diretor.
Foi para resolver esse impasse que Possi criou Emoções Baratas, espetáculo que lançou em 1988 no então Avenida Club e que está de volta para uma temporada no mesmo local, hoje chamado Estúdio EMME.
O musical é uma releitura da versão original, que teve sucesso imediato e chegou a ficar 30 meses em cartaz. Guga Stroeter continua à frente da Big Jazz Band Heartbreakers, que criou com George Freire. Ele assina a direção musical da montagem e foi o responsável pela seleção das 29 canções de Duke Ellington que servem de base ao musical. Além da banda, são nove bailarinos e as jovens cantoras Bibba Chuqui e Karin Hils.
A ideia é retratar a alegria soturna – e noturna –, mas Emoções Baratas não é um musical comum. Não tem diálogos e o forte é o trabalho de técnica corporal, que recai na linguagem preferida de Possi: o teatro-dança. E, se bem me lembro da primeira montagem de mais de 20 anos atrás, contagia o público que acompanha muito de perto a performance, interagindo com os artistas. IMPERDÍVEL!
Fontes: Estadão e reminiscências da autora.
Serviço:
Espetáculo “Emoções Baratas”
Onde: Estúdio EMME (250 lug.) – Av. Pedroso de Morais, 1.036 – Pinheiros – Tel.: 2626-5835
Quando: 5ª, 21h; 6ª, 21h30; sáb., 22h; dom., 19h. Até 31/10
Quanto: R$ 50 a R$ 80.
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