Lanzarote, paradisíaca ilha espanhola onde Saramago viveu por quase 20 anos, até morrer
Além de sua vasta obra, o escritor português José Saramago – falecido esta semana na Espanha – será lembrado em filme. No documentário José e Pilar, o diretor português Miguel Gonçalves Mendes registra o cotidiano do casal José Saramago e Pilar del Rio, sua companheira.
Para Mendes, “José Saramago era uma pessoa excepcional, que sempre quis conhecer, e considerava inaceitável que não existisse nenhum registro sobre ele numa perspectiva pessoal. Nunca sequer é abordado o papel de Pilar, sua mulher, em sua carreira”.
O filme foi coproduzido pela O2, empresa de Fernando Meirelles, diretor que adaptou para a tela Ensaio sobre a Cegueira, talvez a obra mais conhecida do escritor. O filme deve ter sua primeira sessão brasileira durante a Mostra de Cinema de São Paulo, que se realiza em novembro. Em Portugal, tinha estreia prevista para 16 de novembro, data do aniversário de Saramago.
Mendes rodou o documentário durante três anos, acompanhando o dia a dia do casal Saramago em Lanzarote, na Espanha, o que resultou em 200 horas de material a ser editado. Também os seguiu ao México e à Finlândia, mas não conseguiu patrocínio para acompanhá-lo durante as filmagens de Ensaio sobre a Cegueira no Brasil.
Segundo o diretor de José e Pilar, o filme é sobre o amor que se estabeleceu entre José Saramago e Pilar Del Rio, para ele duas pessoas brilhantes: “Quero sobretudo que as pessoas os vejam como eu os vejo e partilhar com todos e de uma forma condensada o saber que eles possuem, sua visão de mundo e em que acreditam. Saramago não era incendiário, era simplesmente lúcido, e era de uma doçura e simpatia incríveis, além de ter um humor brilhante”.
Leia a entrevista completa que o cineasta concedeu ao jornal O Estado de S. Paulo de hoje.
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