Logo depois, vi Escritor Fantasma – um ótimo thriller, de Roman Polanski –, em que McGregor é o personagem do título, contratado para escrever as memórias do famoso e polêmico político inglês Adam Lang (Pierce Brosnan). É aí que se observa a versatilidade do ator, em atuação completamente diferente, já que o personagem é bem mais proativo e complexo. Outro filme marcante da carreira do escocês é O Sonho de Cassandra (2008), de Woody Allen. Trainspotting é um dos mais famosos dele, e junto com Cova Rasa o revelou ao estrelato, consolidado com Moulin Rouge (2001) e Peixe Grande (2003), de Tim Burton, igualmente nada convencionais.
Pouco antes de O Escritor Fantasma, vi outro filme com Pierce Brosnan, Em Busca de Uma Nova Chance. O charmoso Brosnan é um dos melhores 007. Ele começou a chamar minha atenção desde que sua pequena aparição em Uma Babá Quase Perfeita (1993), em que fazia o namorado de Sally Field, ex-mulher de Robin Williams. Mas não é um ator de grandes nuances, tanto que no filme de Polanski é obscurecido por McGregor, e no Em Busca... toma “um banho” de interpretação de sua esposa na trama, Susan Sarandon. Aliás, Em Busca... é um tremendo dramalhão, em que a mãe não se conforma com a perda do filho adolescente num acidente. A beleza e a qualidade vêm justamente da atuação de Susan, e da jovem Carey Mulligan (premiada por Educação, que ainda não consegui ver), que sobreviveu ao acidente e surge, grávida, na presença dos pais do menino.
Neblina e Sombras (1992, de Woody Allen), Mr. Holland (1995), Fargo (1996), Magnólia (1999) e Obrigado por Fumar (2005) são apenas alguns dos mais importantes filmes de que William H. Macy participou. Na TV, vi recentemente o até então para mim desconhecido Focus, em que, em plena Segunda Guerra, ele é um pacato gerente de RH cujos preconceituosos vizinhos julgam ser um judeu, principalmente depois de se casar com a personagem de Laura Dern (outra coadjuvante talentosa). O filme é bom, ao contrário do bobinho Motoqueiros Selvagens (2007), com ele, John Travolta, Tim Allen e Martin Lawrence como motociclistas veteranos que se metem em encrencas. Vale, aliás, pelo elenco, que garante boas risadas.
Confira todos esses títulos – veja ou reveja com atenção nesses atores –, depois me conte!
2 comentários:
muito interessante o comentário. Faz a gente puxar pela memória para lembrar de todos os filmes citados, mesmo não tendo visto uma parte deles. Acompanhar você é difícil!
Caro Anônimo (pena que esqueceu de se identificar), comece a observar os coadjuvantes em qualquer filme. Citei esses dois porque realmente fizeram MUITOS e SEMPRE roubam as cenas. E há casos de coadjuvantes que colocam os atores principais "no chinelo", de tanto talento. Lembrando agora de outro, há Philip Seymour Hofman, que depois de muitas participações relativamente pequenas ganhou seu primeiro papel de protagonista em "Capote".
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